quinta-feira, 7 de novembro de 2013

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Psicóloga cristã repudia deputado gay por associação entre Aids e homofobia

A psicóloga cristã Marisa Lobo ficou indignada com a afirmação do deputado federal Jean Wyllys de que o aumento dos casos de AIDS no mundo gay estaria relacionado à homofobia.

A psicóloga cristã Marisa Lobo, que conquistou evangélicos por defender publicamente os princípios cristãos, ficou indicada com a afirmação do deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) e ex-BBB de que o aumento dos casos de AIDS no mundo gay estaria relacionado à homofobia. Ela então escreveu um texto comentando o assunto em clara crítica à tal posicionamento.

“Não entendi em qual situação os gays são obrigados a não usarem camisinha em suas relações sexuais, contraindo DST’s [Doenças Sexualmente Transmissíveis]/AIDS e propagando a doença”, afirmou. Ela disse que o parlamentar foi desonesto “sem precedentes” nas suas declarações e que seu discurso é político e “cristofóbico”.

Marisa, moradora de Curitiba (PR), relacionou essas doenças “à promiscuidade e à banalização da sexualidade promovida por gente que só pensa em sexo, como se isso fosse resolver os problemas do mundo”. Segundo ela, outras dificuldades são causadas por “‘malucos’ [que não usam preservativos e] preferem correr risco a reduzir o seu prazer”. Em outro trecho, Marisa ponderou: “Se quero fazer sexo, tenho a obrigação de fazer com responsabilidade e cuidado com o outro”.

O risco de transmissão do HIV durante o sexo anal é 18 vezes superior ao do sexo vaginal, disse ela. Para comprovar essas informações, ela cita estudos disponibilizados pela Sociedade Brasileira de Infectologia. E conclui que Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) “absolutamente nada tem a ver” com a aceitação da condição homossexual pela sociedade ou pela religião.

A psicóloga que mais de 35 mil seguidores no Twitter falou ainda que Wyllys, assim como outros ativistas LGBT, “negligenciam as diferenças dos sexos, os problemas psicológicos de autoestima, a possibilidade de compulsão; enfim, falam de direitos sexuais impondo uma corrida maluca pela busca ao prazer como direito, e não se dão conta do comportamento de risco físico e psicológico que essa corrida ao suposto prazer, nem sempre recompensado, pode causar”.

E finaliza comentando sobre as relações das pessoas religiosas: “a Igreja que não é homofóbica e é responsável sim pela diminuição dos casos de AIDS entre heterossexuais, pois ensinam que o verdadeiro amor é fidelidade. [...] Ensinam os homens a protegerem sua mulher e, ao mesmo tempo, ensinam as mulheres a se valorizarem como seres humanos e a não serem objetos de homem algum. Sexo, para a Igreja, é com fidelidade e responsabilidade. Quando um homem e uma mulher se convertem, começam a mudar o estilo de vida e a aprender a se valorizar e a ver o sexo como uma benção na vida do casal”.

Leia o texto na íntegra abaixo:

Resposta à Jean Wyllys e o movimento GLBTT

Na tentativa de induzir a população e principalmente os “pseudo intelectuais”, a mídia, e principalmente conseguir mais verbas para o Movimento LGBTT, deputados e integrantes do movimento falam do que não sabem e escondem a verdade da população. Estão tentando, mais uma vez, em um discurso ”político” desonesto e cristofóbico, deslocar o drama da AIDS, uma doença contraída principalmente pela via sexual anal, como sendo resultado de uma suposta homofobia. Acho que essas figuras “politicas”, e militantes do verdadeiro ódio, deveriam estudar e ler artigos importantes e consultar médicos e infectologistas para saber da verdade, e divulgá-la, pois seria a forma mais honesta de prevenir doenças sexualmente transmissíveis.

Já que ninguém tem coragem de tratar a questão com responsabilidade social e com fatos verídicos vou eu mesma, como psicóloga, de maneira curta e grossa, para me fazer entender.

O digníssimo deputado Jean Wyllys (foto ao lado), bem como o militante Tony Reis e seus adeptos, mentem e tentam, como sempre, levar a população ao erro. Entretanto vou me ater mais a fala do deputado que, em minha Open in new windowopinião, não cansa de falar asneiras. Mas ele se superou quando atribuiu o aumento dos casos de AIDS no mundo gay à homofobia e, claro, na sua visão distorcida da realidade, os homofóbicos somos nós, os evangélicos e católicos cristãos de modo geral, que para sua mente raivosa são proselitistas e fundamentalista religiosos. Só não entendi em qual situação os gays são obrigados a não usarem camisinha em suas relações sexuais, contraindo DST’s/AIDS e propagando a doença. Essa manipulação da verdade é tão séria quanto o aumento dos casos de uma doença tão triste e tão devastadora, que o movimento usa como mote para conseguir verbas e propagar a homofobia no Brasil. É o que penso, ou melhor, o que nos fazem pensar.

Vamos deixar claro, em linguagem objetiva sem tabus? De acordo com a ciência e pesquisas mundiais, ilustríssimo deputado e afins, o aumento dos casos de AIDS se deve à “putaria generalizada”, à promiscuidade e à banalização da sexualidade promovida por gente que só pensa em sexo, como se isso fosse resolver os problemas do mundo. O aumento dos casos de AIDS em todo mundo se dá pela falta de responsabilidade de pessoas que não se amam e não amam o próximo, pois “transam” indiscriminadamente sem camisinha. Sabem o que estão fazendo e não usam camisinha, uns porque não querem mesmo e outros porque não gostam, pois esses “malucos” preferem correr risco a reduzir o seu prazer. E há também, deputado, os que não usam porque gostam de viver perigosamente.

Dito isso, faço aqui um alerta ao mundo homossexual e bissexual, a homens e mulheres que praticam sexo anal. Repasso alguns dados da sociedade brasileira de infectologia que tem autoridade mundial irrestrita para falar de contaminação de AIDS e DSTS. Vamos aos fatos, e não às falácias:

O risco de transmissão do HIV durante o sexo anal é 18 vezes superior ao do sexo vaginal

De acordo com os resultados de uma meta-análise publicada na edição online do International Journal of Epidemiology, o risco de transmissão do HIV durante uma relação sexual anal poderá ser até 18 vezes superior do que numa relação sexual vaginal. Essa pesquisa foi divulgada no site da Associação Brasileira de Infectologia.

“Além deste trabalho empírico, os pesquisadores do Imperial College e da London School of Hygiene and Tropical Medicine utilizaram ainda um modelo de exercício para estimar o impacto que o tratamento para o HIV tem no risco de infecção durante o sexo anal. Eles calcularam que o risco de transmissão de um homem com carga viral suprimida poderá ser reduzido até aos 99,9%.

As relações sexuais anais condicionam a epidemia do HIV entre os homens gays e bissexuais. Mas, uma percentagem substancial de heterossexuais que têm relações sexuais anais tende a usar o preservativo com menor regularidade neste tipo de relação do que em relação ao sexo vaginal. Esse comportamento poderá contribuir para a expansão da epidemia entre os heterossexuais na África subsaariana e em outros lugares.”


Ou seja, em absolutamente nada tem a ver com a aceitação as sociedade ou da religião da condição homossexual. O senhor é analfabeto funcional, por acaso? Ou um oportunista irresponsável? Tudo vai virar motivo para o senhor descontruir a sociedade heterossexual? Mesmo uma mentira doentia como essa, arquitetada pela cabecinha perturbada de militantes irresponsáveis e que, pasmem, foram eleitos pelo povo? A verdade é uma só: segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia, a estimativa de transmissão por situação de risco é a seguinte, senhores irresponsáveis:

“Quatro estudos forneceram estimativas sobre o risco de transmissão por um único ato de sexo anal receptivo desprotegido. Examinando os dados, estima-se que seja de 1,4% (intervalo de confiança 95%, 0,3% até 3,2%). Dois destes estudos foram conduzidos com homens gays e dois com heterossexuais, e os seus resultados não variaram conforme a orientação sexual.

A estimativa para o sexo anal receptivo é quase idêntica à que consta no estudo australiano recentemente publicado (1,43%, 95% intervalo de confiança 0,48 – 2,85). E este resultado corresponde à coleta de dados após a vasta disponibilização da introdução da combinação terapêutica.”


A verdade é uma só: sexualizam precocemente as crianças e jovens, incutindo nas cabeças dessas crianças que sexo representa total felicidade, que é a verdadeira realização do prazer, que deixa inteligente etc, etc. E pior: propagam que sexo vaginal e anal são da mesma natureza, negligenciando a reponsabilidade e os reais perigos das doenças sexualmente transmissíveis, bem como as infecções geradas por este ato. Negligenciam as diferenças dos sexos, os problemas psicológicos de autoestima, a possibilidade de compulsão; enfim, falam de direitos sexuais impondo uma corrida maluca pela busca ao prazer como direito, e não se dão conta do comportamento de risco físico e psicológico que essa corrida ao suposto prazer. nem sempre recompensado. pode causar. E tudo isso para que? Para combater a fé alheia e fazer crescer seu movimento. Eu me pergunto onde está a dignidade humana nisso tudo.

Então, posso eu igualmente afirmar que o oposto das falas desses manipuladores é a verdade. Afirmo então o contraditório, que o proselitismo ao sexo, a banalização sexual, a sexualização precoce e a perseguição religiosa, bem como desconstrução da sexualidade heterossexual que vocês propagam pela força da manipulação, é que tem feito aumentar os casos de AIDS?

Mas não serei irresponsável como vocês, antes, falarei apenas a verdade. Somos responsáveis pelas nossas escolhas e, quando as fazemos, temos que ter entendimento dos riscos, dos fatores de risco e de proteção. Se quero fazer sexo, tenho a obrigação de fazer com responsabilidade e cuidado com o outro. Deixo claro aqui que a troca múltipla de parceiros, o sexo anal, e o não uso da camisinha, são os fatores de risco para contrair qualquer doença sexualmente transmissível. E isso é responsabilidade de cada sujeito. A responsabilidade do movimento GLBTT é de falar a verdade, e não os manipular fatos e a ciência, usando uma doença tão grave para simplesmente fazer prosperar o preconceito contra religiosos. Isso sim é uma doença pior que a AIDS.

Essa vitimização do sujeito que pratica sexo, principalmente anal, sem responsabilidade é que está aumentando o numero de casos.

Gastam verbas milionárias em #Paradasgays que incentivam mais o comportamento de risco do que o comportamento seguro, e depois jogam a culpa em quem? Isso já está ficando doentio.

Porque ao invés do seu partido, deputado Jean Wyllys, liberar verbas milionárias para paradas gays que somente vêm promovendo a promiscuidade, a perseguição e a intolerância religiosa, e fazendo confusão nas ruas, os senhores não se unem na prevenção às drogas e à AIDS? Garanto aos senhores que luta será mais digna, pois somente com a prevenção honesta e responsável é que vamos conseguir diminuir consideravelmente o numero de casos de AIDS. Sexo seguro, deputado, é fidelidade e valorização do seu corpo. Quem se ama se cuida. Querem fazer sexo? O que o mundo tem haver com isso? Ao menos usem camisinha. Ou prefere negligenciar a verdade e praticar a cristofobia, para justificar suas asneiras e seus atos preconceituosos? Que doença essa obsessão pelo erro e pela desonestidade intelectual.

O povo acordou e não é mais alienado, pensa por si e sabe que todo seu discurso é apenas para perseguir evangélicos e ganhar votos. O senhor está pouco se lixando para o aumento dos casos de AIDS no Brasil, quer mesmo é voto e desconstruir os cristãos a quem o senhor acusa de proselitismo. “Semancol” é bom, quem faz proselitismo e pratica perseguição é o senhor. Além disso, está sendo imprudente ao vitimizar o ser humano ao invés de ensiná-lo a assumir sua responsabilidade de usar camisinha e não transar com múltiplos parceiros contaminando o outro. É assim que o senhor lida com situações sérias? Jogando a culpa de atos indignos nos outros? Faça-me o favor.

Para deixar mais claro ainda: a igreja que não é homofóbica é responsável sim pela diminuição dos casos de AIDS entre heterossexuais, pois ensinam que o verdadeiro amor é fidelidade e amar com responsabilidade, ensinam os homens a protegerem sua mulher e, ao mesmo tempo, ensinam as mulheres a se valorizarem como seres humanos e a não serem objetos de homem algum. Sexo, para a igreja, é com fidelidade e responsabilidade. Quando um homem e uma mulher se convertem, começam a mudar o estilo de vida e a aprender a se valorizar e a ver o sexo como uma benção na vida do casal. E a primeiro lição é que no amor mútuo não cabe infidelidade.

Pessoas como esses militantes são mentirosos e desonestos intelectualmente.


Referências:

http://www.infectologia.org.br/defaul ... raNoticia&NoticiaId=19711

Baggaley RF et al. HIV transmission risk through anal intercourse: systematic review, meta-analysis and implications for HIV prevention. Int J Epidemiol (advance access, published online on April 20, 2010), Doi:10.1093/ije/dyq057.

Fonte: NAM /Aidsmap



Em Cristo,

Marisa Lobo



Fonte: The Christian Post e Gospel +

domingo, 5 de maio de 2013

Não toqueis nos meu ungidos.....


Por Eliseu Antonio Gomes
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Ao observar a história da humanidade não há dificuldade para constatar a forte tendência do homem para estabelecer ídolos para si.
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Nos tempos bíblicos, vemos que havia exageradamente ídolos para todos nas tradições egípcias. Na Índia, as vacas permanecem intocáveis, inclusive se o animal resolver dormir em pleno asfalto, atrapalhando o trânsito de uma importante estrada vicinal. Nas ilhas galápagos, a tartaruga é alvo da idolatria de seus nativos, capazes de hostilizar quem ousar argumentar contrariamente tal situação. Católicos e as estátuas... Alguns muçulmanos são capazes de partir para ofensas, afrontas, atos violentos de linchamentos quando suas paixões da religião islâmica são desrespeitadas. 
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O grande problema no tratamento dispensado aos pregadores e cantores famosos, por parte de uma parcela da comunidade evangélica, é o uso do jargão "não toqueis no meu ungido", como se cristãos famosos fossem inerrantes, 100% santos, perfeitos, incapazes de falhar.
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O que dizer dessa atual conjuntura do cenário gospel? O sentimento que permeia o meio é diferente do que há no mundo? Se o irmão anônimo recebe críticas construtivas, não haverá problemas para quem o criticou; mas se houver crítica contra o comportamento de um pastor com nome proeminente, ou um cantor de grande vendagem de CDs evangélicos, o autor da crítica receberá reprimendas. Ao apontar o erro, quem aponta está sujeito a ser considerado fariseu, juiz, ouvir adjetivos feios, e ser excluído da roda de amigos.
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Será que ao apontar o erro de portadores de fama, é manifestado o lado escuro do evangélico idólatra, o demônio cultivador da idolatria se levanta na vida de adoradores de seres humanos? É exatamente isso que dizem muitos críticos de famosos.
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Mas o que é ser ungido? Davi foi um ungido do Senhor assim como Saul, mas tanto um como o outro foram exortados por profetas. Davi por Natã e Saul por Samuel. Ninguém está isento de pecar, portanto todos estão sujeitos à exortação.
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É um grande erro usar a frase "não toqueis no meu ungido" para blindar pessoas e assim abrir a elas passagem  à imoralidade, para que possam fazer tudo o que desejarem sem serem acusadas de cometer erros, sem serem  repreendidas ou exortadas ao conserto com Deus.
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"Não toqueis no meu ungido". Não sei se tal frase poderá sempre significar que a pessoa que a diz é uma idólatra. Mas com certeza significa um equívoco, quando é dita no sentido de querer classificar e solidificar uma hierarquização. No Novo Testamento todos os cristãos convertidos são pessoas ungidas pelo Espírito (1 João 1.20, 27). E todas as pessoas ungidas receberam unção igual porque são amadas por Deus sem distinção, e Deus quer o bem delas na mesma proporção.
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Tocar no ungido de Deus - evangélico anônimo ou famoso, liderado ou líder - é realmente uma atitude perigosa se a ação é feita por conta própria, porque a ira do homem não manifesta a justiça divina (Tiago 1.20). O amor não faz mal, o cumprimento da lei da Cristo é amar (Romanos 13.10; 1 Coríntios 9.21). Quem age pelos métodos carnais em suas críticas, apesar de usar capa de religiosidade, atenta contra o próprio bem-estar futuro, porque o mandamento de Cristo para todos é proceder amando o semelhante como a si mesmo,  e os desobedientes a essa ordem não têm como fugir do Dia de Acertos de Contas, no porvir, quando lhe será dado como castigo o sofrimento eterno (Gálatas 6.1-10).
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Olhando a situação por outro ângulo, alguns críticos realmente estão errados em suas críticas. Não foi sem propósito que Paulo escreveu: "Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna" - Judas 20, 21. Nem todos que criticam famosos são porta-vozes de Deus ao criticar. Eles falam motivados por boas intenções equivocadas, ou interesses pessoais, ou inveja. E por fina ironia, até esses críticos estão constituídos como ídolo gospel por uma gama de evangélicos idólatras, gente viciada em procurar ciscos nos olhos do próximo.
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E.A.G

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Silas Malafaia e a agressão à democracia – A Avaaz, o site internacional de petições, sob o comando, no Brasil, de Pedro Abramovay, está desmoralizado. Veja como e por quê. Ou: Como usar Renan Calheiros para ocultar algo… pior do que Renan: a ditadura do falso consenso!

Caros leitores, vai um texto longo. Mas prestem muita atenção porque ele trata de uma questão cada vez mais relevante no Brasil: a qualidade da nossa democracia, que está sendo assaltada pelos capitães do mato do politicamente correto

Não, eu não sabia que Pedro Abramovay, ex-secretário nacional de Justiça e defenestrado por Dilma da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas porque defendeu a não prisão de “pequenos traficantes” (???), é agora “diretor de campanhas”, no Brasil, da Avaaz, uma entidade internacional de petições online. A campanha mais bem-sucedida do grupo é a que pede o impeachment do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Eu mesmo publiquei aqui muitos posts a respeito, com link para a petição. É evidente que a gente pode ser contra a permanência de Renan na presidência do Senado sem precisar se alinhar com Pedro Abramovay. E eu não me alinho com ele por uma penca de motivos. Gosto de clareza e rejeito gente que faz tráfico de ideias. Acho que este rapaz é partidário do totalitarismo ilustrado. E vou dizer, mais uma vez, por quê — há um motivo novo, estupefaciente! Entendo, agora com mais detalhes, por que a petição contra Renan penetrou tão facilmente nos grandes veículos. O moço tem “contatos na mídia” — mais do que muitos imaginam. Sabe ser “de confiança” para a esquerda e para setores do que já se chegou a chamar “direita”. É um bico doce! Bem, resta uma conclusão neste primeiro parágrafo: se Abramovay é um dos comandantes da Avaaz, isso quer dizer que parte da pressão para derrubar Renan Calheiros — ainda que isso possa ser justo — parte do próprio… PT! Não, isso não me fará apoiar Renan. Mas convém não ser ingênuo. Se Abramovay é filiado ou não ao partido, isso é irrelevante. O fato é que se trata de um seu fiel servidor. A entidade que ele dirige fez um troço escandaloso. Ele não tem como se desmoralizar; a Avaaz, sim! Antes que entre no caso, um pouco mais de memória.

Abramovay ainda estava na Secretaria Nacional de Justiça e de malas prontas para se transferir para a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas quando concedeu uma entrevista ao Globo defendendo o fim da prisão para pequenos traficantes. Seus amigos tentaram negar que o tivesse feito. Fez. Dilma o demitiu — uma decisão correta; eu a apoiei então. Procurem nos arquivos e encontrarão. Esse moço é o inspirador de uma campanha que foi parar na televisão chamada “é preciso mudar”, que defende, na prática, a descriminação do consumo de drogas, ainda que tente edulcorar a proposta. Num tempo em que o país se vê às voltas com o flagelo do crack, os valentes acham que essa é um boca causa…

Não só isso. Abramovay também está entre aqueles que acham que o Brasil prende demais —  os números demonstram que prende é de menos. Quando um surto de violência tomou conta de São Paulo, ele preferiu voltar as suas baterias contra o governo estadual, não contra os bandidos. É que ele era um dos divulgadores da tese — e disse isso em entrevista ao jornal O Globo (de novo!) — de que a taxa de homicídios no estado estava entre as mais baixas do país porque quem continha os assassinatos era o PCC… Também deixava entrever a suspeita de que haveria uma espécie de pacto entre a Secretaria de Segurança e o crime organizado. Como setores da imprensa afinados ideologicamente com ele lhe dão trela, a cobertura jornalística viveu um momento notavelmente esquizofrênico: de um lado, o governo do estado era acusado de patrocinar uma guerra cega contra os bandidos; de outro, era acusado de ter feito um pacto com eles. Em qualquer dos casos, quem apanhava era a polícia. Abramovay fez parte — e, em certa medida, foi seu articulador intelectual (dou crédito a quem merece!) — da campanha que resultou na queda de Antônio Ferreira Pinto, então secretário da Segurança Pública. Vejam que não acuso este rapaz de cometer crime nenhum. É possível alimentar ideias moralmente dolosas, pelas quais não se pode nem se deve ser punido. Mas o debate? Ah, esse tem de ser feito.

Vai acima uma pequena síntese das causas deste valente e de sua inegável influência na imprensa. Nem poderia ser diferente. Apareceu como um geniozinho do direito pelas mãos de Márcio Thomaz Bastos, aquele que era ministro da Justiça quando explodiu o caso do mensalão e que depois se tornou o advogado da fatia mais abastada, sem trocadilho, dos mensaleiros. Havendo alguma inverdade nesta breve síntese sobre o doutor sênior, ouvirei com cuidado. Mais: Abramovay é tido como gênio sem que precise demonstrá-lo. É porque dizem que é… Cadê a obra?

Vamos ao caso de agora
Todos conhecem o pastor Silas Malafaia. Ele é formado em psicologia e tem o devido registro profissional. Muito bem! Malafaia tem algumas opiniões que, de modo absoluto e irrecorrível, não coincidem com as minhas. E, evidentemente, concordamos em muita coisa. Destaco a concordância: ambos somos defensores radicais da liberdade de expressão e críticos severos do tal PLC 122 (a suposta lei anti-homofobia), que, se aprovado, pode mandar alguém para a cadeia por motivos meramente subjetivos. Já escrevi a respeito e não vou me alongar. E destaco uma das radicais discordâncias: Malafaia acredita que homossexuais possam ser reorientados — como deixou claro em recente entrevista a Marília Gabriela, que bombou no YouTube. Eu não acredito. As pessoas são o que são — e acho que permanece um mistério a causa. Acho, sim, que cada indivíduo pode disciplinar a sua sexualidade e, então, fazer escolhas.  Assim, eu não aprovo, não endosso nem defendo o trabalho de psicólogos que se dedicam a reorientar a sexualidade de seus pacientes.

Proibir, no entanto, que psicólogos atuem na “reorientação” junto àqueles que, voluntariamente, queiram se submeter a ela é uma violência antidemocrática, que fere a Constituição. Já escrevi um longo texto a respeito. O Conselho Federal de Psicologia aprovou uma resolução no dia 22 de março de 1999. Há lá coisas corretas e de bom senso e alguns absurdos. Reproduzo em azul trecho daquele post, em que transcrevo o Artigo 3º:
(…)
“Art. 3° – os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.”

Ora, isso é só bom senso. Quem poderá defender que alguém, no gozo pleno de suas faculdades mentais, possa ser submetido a um tratamento contra a sua vontade? Convenham: isso nem é matéria para um conselho profissional. Mas me parece evidente que a resolução avança o sinal e joga no lixo o Artigo 5º da Constituição quando determina, por exemplo, o que segue:
Parágrafo único – Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.

Art. 4° – Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.

Qual é o principal problema desses óbices? Cria-se um “padrão” não definido na relação entre o psicólogo e a homossexualidade. Esses dois trechos são tão estupidamente subjetivos que se torna possível enquadrar um profissional — e puni-lo — com base no simples achismo, na mera opinião de um eventual adversário. Abrem-se as portas para a caça às bruxas. Digam-me cá: um psicólogo que resolvesse, sei lá, recomendar a abstinência sexual a um compulsivo (homo ou hétero) como forma de livrá-lo da infelicidade — já que as compulsões, segundo sei, tornam infelizes as pessoas —, poderia ou não ser enquadrado nesse texto? Um adversário intelectual não poderia acusá-lo de estar propondo “a cura”? Podemos ir mais longe: não se conhecem — ou o Conselho Federal já descobriu e não contou pra ninguém? — as causas da homossexualidade. Se um profissional chega a uma determinada terapia que homossexuais, voluntariamente, queiram experimentar, será o conselho a impedir? Com base em que evidência científica? Há uma diferença entre “verdade” e “consenso da maioria influente”. Ademais, parece-me evidente que proibir um profissional de emitir uma opinião valorativa constitui uma óbvia infração constitucional. Questões ligadas a comportamento não são um teorema de Pitágoras. Quem é que tem o “a²= b²+c²” da homossexualidade? A resolução é obviamente autoritária e própria de um tempo em que se impõe a censura em nome do bem.

Retomo
Caras e caros, estão percebendo o que distingue uma sociedade democrática de uma sociedade totalitária, que, nos tempos modernos, se impõe com as vestes da democracia? Eu discordo de Silas Malafaia; eu discordo daqueles que acreditam na reorientação de homossexuais, mas me parece absurdo que um conselho profissional queira se imiscuir, desse modo, na relação entre paciente e psicólogo. Não existe isso em nenhum lugar do mundo!!! “Ora, Reinaldo, a Organização Mundial de Saúde não considera a homossexualidade uma patologia…” E daí? Ter o nariz torto, grande demais, pequeno demais ou o queixo arrebitado não são patologias também. Mas as pessoas podem estar infelizes com isso. Há gente que sofre porque é bonita demais, rica demais, famosa demais, essas coisas que, à primeira vista, parecem desejáveis aos feios, aos pobres e aos anônimos… O mundo é complexo.

O que pretendem? Um Esquadrão do Psicologicamente Correto a invadir consultórios para saber se o profissional está fazendo o trabalho como deve? POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, PRETENDEM, SIM, FAZER ALGO PARECIDO. E agora, finalmente, depois dessa longa explanação, chego a Pedro Abramovay.

Silas Malafaia e a Avaaz
Alguém lançou na página da Avaaz uma petição propondo a cassação do registro profissional de Silas Malafaia. Razão? As suas opiniões sobre a homossexualidade e a defesa que faz do que chama trabalho de “reorientação”. O próprio Conselho Federal de Psicologia já o ameaçou com isso, o que é, reitero, uma barbaridade. Debates assim não teriam a mínima chance de prosperar em países de cultura democrática consolidada.

Muito bem! No dia 9 deste mês, Ricardo Rocha lançou no mesmo site uma petição contra a cassação do registro. Ora, não é assim que as coisas devem funcionar? No escopo da democracia, alguns fazem petição a favor de terminadas causas, outras, contra. Pois bem: anteontem, aconteceu o que certamente a patrulha não esperava: os signatários favoráveis à manutenção do registro profissional de Malafaia (eu teria assinado com gosto se tivesse sabido a tempo, mesmo discordando radicalmente dele nesse particular) superaram, em número, os que queriam cassá-lo: 65.786 contra 55.000. E então se deu o ato indigno.

Ricardo Rocha, o criador da petição favorável à manutenção do registro de Malafaia, recebeu a seguinte mensagem da Avaaz, DIRIGIDA E DESMORALIZADA, NO BRASIL, por Pedro Abramovay (leiam com atenção!):
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Olá RICARDO
Obrigado por criar uma petição no site da Petições da Comunidade da Avaaz. Como está dito nos nossos Termos de Uso, nós somos uma comunidade não lucrativa baseada em valores e 100% financiada por pequenas doações de nossos membros. Como resultado, nós somos requeridos por lei e pela nossa comunidade a apenas promover campanhas que visam a nossa missão. Para ter a certeza de que estamos fazendo isso, nós enviamos petições para nossa comunidade todos os dias para pesquisar e checar se elas são apoiadas pela comunidade ou não.
Infelizmente, a maioria dos membros da Avaaz não apoiaram sua petição e, seguindo nossos Termos de Serviço, tivemos que removê-la de nosso site. Nós sentimos muito por isso e esperamos que isso não impeça sua participação ou criação de outras campanhas.
O texto da sua petição está abaixo desta mensagem. Você pode considerar recomeçá-lo num site comercial que não possui restrições legais sobre qual tipo de campanha eles podem promover como Care2.com, petitionsonline.com ou change.org.
Nossas sinceras desculpas,
A equipe da Avaaz

Voltei
Ah, bom! Então tá!

Atenção, meus caros! A primeira petição não era “favorável aos gays”, mas a favor da cassação do registro profissional de Malafaia. A segunda petição não era “contra os gays”, mas contra a cassação daquele registro.

Quando a Avaaz diz que só faz campanhas que visam “à sua missão”, cabe perguntar: uma de suas missões é cassar registros profissionais de pessoas das quais a “comunidade do site” discorda? A entidade, cuja sede é nos EUA, tem uma página gigantesca em que expõe os termos de uso, as questões legais e coisa e tal. Ali está escrito que a direção pode, sim, consultando seus membros, retirar ou recusar petições — desde que elas ofendam, segundo entendi, os princípios gerais ali expostos.

Ora, se alguma transgressão existe aos fundamentos da Avaaz, ela está justamente na petição que demoniza Silas Malafaia. Trata-se de uma agressão dupla: à sua formação de psicólogo e à sua condição de pastor. Estamos diante de uma soma de intolerâncias. Estamos falando de pessoas que não conseguem conviver com a divergência.

Não sei como se comporta a Avaaz no resto do mundo. Vou tentar saber. O que é certo é que o Pedro Abramovay, o chefe de “campanhas” da entidade no Brasil, acaba de desmoralizá-la. Não duvidem: se os que querem cassar Malfaia tivessem ganhando de goleada, a outra petição não teria sido retirada. É que, no jogo de que Abramovay é “árbitro”, só um lado pode vencer.

Concluindo
O caso ilustra esta era do fascismo do consenso. Embora, como se demonstrou até o momento em que a petição foi retirada do ar, a maioria estivesse contra a cassação do registro de Silas Malafaia, ficou valendo a voz da minoria que quer puni-lo, numa agressão óbvia à Constituição. O consenso vira a voz da minoria! Assim, no Brasil, a Avaaz deixa de ser um site de petições que vocaliza a opinião da sociedade civil, como eles pretendem, para se transformar num grupo de pressão que tem uma agenda política.

Eu não esperava outra coisa de uma entidade comandada por Pedro Abramovay ou que o tem como “diretor de campanhas”.

“Ah, mas e a causa meritória contra Renan Calheiros?” Bem, trata-se apenas de um caso em que a virtude serve para ocultar os vícios.

Lamento! A Avaaz está desmoralizada. Enquanto Pedro Abramovay for seu “diretor de campanha”, este blog não mais reproduzirá as suas petições, ainda que sejam feitas contra o demônio… De algum modo, o rabudo estará se beneficiando. Este blog encontrará formas certamente mais sinceras — e democráticas — de se opor ao Coisa Ruim. De resto, não sou tolo e sei que o site pode muito bem sobreviver sem mim. Não vou coonestar totalitários em pele de cordeiro.

No Brasil, a Avaaz deixou de ser a voz da sociedade civil para ser a dona de uma agenda política, como é o petista, pouco importa se só de coração ou também de carteirinha, Pedro Abramovay. A democracia de um lado só é a forma mais virulenta de ditadura. E eu dou um pé simbólico no traseiro de ditadores desde os 14 anos. Na prática, Abramovay e a Avaaz, no Brasil, não são diferentes desses delinquentes políticos e intelectuais que saem por aí agredindo Yoani Sánchez. Há a uni-los a intolerância com a divergência.
Por Reinaldo Azevedo

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Ecumenismo pode levar à apostasia da fé cristã?


O que é ecumenismo? Do ponto de vista do cristianismo, é o movimento que visa à unificação das igrejas cristãs, com base no apelo à unidade entre todos os povos sob o governo de Cristo, contido na mensagem do evangelho. É um movimento que busca o diálogo e a cooperação comum entre igrejas cristãs, para superar as divergências históricas, culturais e teológicas, aproximar os cristãos de diversas denominações, evangelizar o mundo e contribuir para a paz mundial.
Poucos sabem, mas o ecumenismo moderno remonta a uma proposta de unificação das igrejas protestantes, a fim de promover missões evangelísticas. Contudo, posteriormente, a ideia foi utilizada pela Igreja Católica para impor sua liderança sobre todas as igrejas cristãs, passando por cima das diferenças doutrinárias que ficaram evidentes com a Reforma Protestante, proposta por Martinho Lutero, no século 16.
Como conciliar ensinamentos (como a existência de um Purgatório para as almas perdidas; a função intercessora de Maria, o sumo sacerdócio papal) e práticas católicas (como veneração a Maria e aos santos), claramente contrários aos postulados bíblicos, com a fé cristã professada pela Igreja Protestante, que só adora a Deus e tem Jesus como único Salvador e Mediador entre Deus e os homens?
Quando alguma Igreja Protestante se predispõe a assinar um tratado ecumênico com a Igreja Católica, automaticamente está reconhecendo o papa, em vez de Cristo, como o líder supremo da Igreja, fechando os olhos para diferenças doutrinárias abissais contrárias à doutrina bíblica, destruindo a sua identidade com a Igreja primitiva e desprezando os ensinamentos de Cristo e dos apóstolos. Em suma, está apostatando da fé genuinamente cristã.
E a proposta do ecumenismo atual não está restrita apenas às igrejas historicamente classificadas como cristãs ou monoteístas (o cristianismo, o judaísmo e o islamismo). Existe um movimento mundial de união entre várias religiões, inclusive as mais destoantes em relação à Bíblia (como o candomblé, a umbanda, a quimbanda, o budismo, o hinduísmo, o xintoísmo).
Não é à toa que, nos cultos ecumênicos no Brasil, há pelo menos um representante de cada religião!
Na verdade, o ecumenismo pregado por essa sociedade afastada de Deus não visa promover a salvação em Cristo e Seu Reino aqui na terra. Antes, empunhando a bandeira da fraternidade, da tolerância e do amor entre os diferentes, visa à globalização e à promoção de um idioma, uma moeda e uma religião únicos, sob comando do Anticristo.
É por essas e outras razões que dizemos não ao ecumenismo e alertamos os cristãos quanto ao engodo, à hipocrisia e aos perigos desse movimento que objetiva prostituir espiritualmente a verdadeira Igreja de Cristo, a fim de neutralizá-la, envergonhá-la e levá-la à idolatria.
Mas, graças a Deus, no Brasil há milhares de cristãos evangélicos que reconhecem a armadilha do ecumenismo e recusam-se a adorar outros deuses e a abrir mão dos princípios bíblicos. Esses fiéis fazem parte da Igreja verdadeira e, unidos, militam como bons soldados de Cristo pela causa do evangelho, pregando a salvação unicamente em Jesus e ensinando que Ele é o único Mediador entre Deus e o homem, o único e eterno Sumo Sacerdote, o único Cabeça e Líder da Igreja, lavada e remida por Seu sangue.
Fonte: Verdade Gospel
Texto: Pr Silas Malafaia

quinta-feira, 19 de abril de 2012

"Artistas estão mais preocupado com gloria pessoal que com a Glória de Deus, afirma fundador do VPC"

Opastor Jaime Kemp, fundador do ministério Vencedores por Cristo e do ministério Lar Cristão afirmou no Salão Internacional Gospel, que artistas cristãos estão mais preocupados com a glória pessoal que com a glória de Deus. No evento que expõe artistas e produtos da música gospel, Kemp disse ao The Christian Post, que no panorama atual da música gospel, muitos dos artistas do segmento, os “artistas” querem viajar em aviões e ficar em hotéis de luxo.
Não há sacrifício. Minha preocupação é na questão de sermos servos”, diz, e conclui: “acho que hoje muitos desses artistas pensam que a igreja que os chama são seus servos e não se colocam na posição de servir”.
Outro problema que o preocupa é a chamada comercialização do evangelho, comentando sobre os artistas evangélicos que cobram cachês para tocar e priorizam os ganhos financeiros.
Falando especificamente das composições atuais, ele comenta que as letras são muito pobres, não há mensagens sobre itens fundamentais como fidelidade à palavra, arrependimento, entrega total ao senhorio do Cristo.
“Não há esses elementos presentes na moderna música evangélica brasileira”. E se defende, “não faço parte deste movimento pop, cuja tônica é a desorganização e ausência de vida e testemunho cristãos”.
Realmente não sei se esses jovens que estão hoje nos palcos tem Jesus Cristo como Senhor e Salvador ou se sabem comunicar o evangelho”, enfatiza Kemp.
Vencedores por Cristo
O famoso e ainda hoje muito lembrado conjunto de música evangélicaVencedores por Cristo é considerado um dos precursores da música cristã brasileira. Segundo o líder cristão, na época da criação do grupo Vencedores por Cristo a música não era o ponto central. “O ponto central era o discipulado, treinamento e ensino dos jovens. Eles eram ensinados como viver juntos, como dar testemunho, porque parte do ministério era o evangelismo.” Os critérios para estar no grupo eram, segundo o líder, ser convertido a Cristo, ter um coração de servo e ter o desejo de trabalhar debaixo da estrutura e organização do grupo, além de ser recomendado pelo pastor de sua igreja. “A idéia era a preparação da juventude para trabalhar na igreja (…) as músicas eram usadas como meio de comunicar e também dar testemunho levando a Palavra de Deus a lugares, os mais diferentes, como igrejas, praças, prisões”. Por meio do ministério Vencedores por Cristo foi possibilitada a formação de mais de 200 líderes, missionários, pastores e músicos.
Kemp explica que o grupo criado na década de 1970 nunca teve o desejo ou intenção de influenciar a música brasileira. “Deus direcionou, pois tivemos muitos compositores que foram treinados conosco. A música desenvolvida por eles acabou por transformar a música e o louvor brasileiros”. Do ministério surgiram proeminentes músicos, hoje muito conhecidos no meio evangélico, como Guilheme Kerr, Nelson Bomilcar, JoãoAlexandre e outros que foram formados nessa época. O líder disse ainda que teme que os hinos tradicionais da fé cristã se percam, já que eles não são tão populares entre os jovens e nas igrejas atualmente. Segundo ele, isso é preocupante pois há muita teologia e ensinamentos nos hinos tradicionais. Jaime Kemp e a esposa Judith Kemp, são casados há 47 anos e lideram o ministério voltado à area familiar e são autores de pelos menos 60 títulos literários. O Vencedores por Cristo ainda existe atualmente e seu foco principal é o evangelismo.

sexta-feira, 30 de março de 2012

CPI aprova repúdio à decisão do STJ sobre estupro de menor

Tribunal inocentou acusado porque crianças tinham vida sexual ativa.
Associação de Procuradores diz que STJ é 'afronta' a princípio da proteção.

Do G1, em Brasília

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre Violência Contra a Mulher, integrada por deputados e senadores, aprovou nesta quinta-feira (29) uma nota de repúdio à decisão da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de inocentar um homem acusado de estuprar três crianças de 12 anos.

Na decisão, divulgada na terça-feira (27), os ministros da seção entenderam, por 5 votos a 3, que o homem não poderia ser condenado porque as crianças “já se dedicavam à prática de atividades sexuais desde longa data".

O G1 consultou a assessoria do STJ sobre a nota de repúdio. A assessoria informou que trata-se de uma decisão judicial tomada por um colegiado e da qual ainda cabe recurso ao próprio STJ e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Até 2009, a legislação brasileira considerava qualquer relação sexual com menores de 14 como presunção de violência. O artigo do Código Penal foi revogado e passou a ser considerado "estupro de vulnerável" qualquer relação com menor de 14 anos. A pena pode chegar a 15 anos de prisão.

Segundo o STJ, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) já havia inocentado o homem argumentando que "a mãe de uma das crianças afirmou que a filha enforcava aulas e ficava na praça com as demais para fazer programas com homens em troca de dinheiro".

"Embora imoral e reprovável a conduta praticada pelo réu, não restaram configurados os tipos penais pelos quais foi denunciado", disse o acórdão do TJ.

Depois da decisão do TJ, a Quinta Turma do STJ reverteu a decisão, decidindo pelo "caráter absoluto da presunção de violência" no caso de estupro praticado contra menor de 14 anos.

A defesa, então, recorreu da decisão. O caso foi analisado pela Terceira Seção, que entendeu pela presunção relativa de violência, considerando que cada caso deve ser analisado individualmente.

A CPI mista da Violência contra a Mulher no Congresso afirma, em comunicado, que a decisão "desrespeita os direitos fundamentais das crianças e acaba responsabilizando as vítimas, que estão em situação de completa vulnerabilidade".

Uma nota a ser enviada ao STJ, segundo a comissão, pede a revisão da decisão que inocentou o homem.

O Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) afirmou, em nota, que a decisão "dá caminho interpretativo correto" ao Código Penal.

"A nova previsão do crime de estupro de vulnerável, em leitura fechada, poderia levar a excessos, o que foi repelido pela decisão do STJ. Não se trata, assim, como foi afirmado, de impunidade para um dos crimes mais graves, nem mesmo de julgar a vítima, mas de se permitir à prudência judicial a análise do caso concreto, podendo, conforme sejam as características desse, dizer, ou não, pelo crime", diz nota assinada pelo presidente da comissão de direito penal do instituto, Renato de Mello Jorge Silveira.

Ministro da Justiça
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quinta que é preciso aguardar para saber se a decisão será mantida.

"Eu como estudioso de Direito tenho uma posição contrária, mas o tribunal tem essa decisão. Não sei se ela será mantida, se é definitiva, mas aguardaremos o resultado final", declarou.

Secretaria de Direitos Humanos
A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República se manifestou contra a decisão e afirmou que encaminhará pedido ao procurador Geral da República, Roberto Gurgel, e ao Advogado-Geral da União, Luiz Inácio Adams, "para que analisem medidas judiciais cabíveis para reversão desta decisão".

"Entendemos que os Direitos Humanos de crianças e adolescentes jamais podem ser relativizados. Com essa sentença, um homem foi inocentado da acusação de estupro de três vulneráveis, o que na prática significa impunidade para um dos crimes mais graves cometidos na sociedade brasileira. Esta decisão abre um precedente que fragiliza pais, mães e todos aqueles que lutam para cuidar de nossas crianças e adolescentes", afirmou em nota a ministra Maria do Rosário.

Procuradores
Em nota, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) também criticou a decisão do STJ.

"Na visão da ANPR, a decisão é uma afronta ao princípio da proteção absoluta, garantido pela Constituição brasileira a crianças e adolescentes, e sinaliza tolerância com essa nefasta prática, ao invés de desestímulo", diz a nota.

"Imaginar que uma menina de 12 anos – notavelmente em situação de exclusão social e vulnerabilidade – estaria consciente de sua liberdade sexual ao optar pela prostituição é ultrajante", completa a nota, assinada pelo presidente da associação, Alexandre Camanho de Assis.