quinta-feira, 25 de junho de 2009

Mães desistem de testemunhar contra padre acusado de abuso em Santa Catarina


FLORIANÓPOLIS - As mães de crianças que teriam sido vítimas do padre Ângelo Chiarelli, de 64 anos, preso em flagrante em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, por atentado violento ao pudor contra uma menina de 13 anos, não querem mais colaborar com a investigação policial, mesmo depois de o frei ter admitido que tocou nos seios da garota. Oito crianças ouvidas pela polícia disseram ter sido acariciadas pelo frei.

Nesta quarta-feira, uma mulher foi à Delegacia de Proteção à Mulher, à Criança e ao Adolescente a pedido da delegada Karla Fernanda Bastos Miguel. Acompanhada da filha, de 13 anos, viu fotos da menina no celular do frei.

No computador dele, apreendido na paróquia no dia da prisão, foram encontradas 22 mil fotos de crianças. Elas aparecem de biquíni, com os seios à mostra ou em posições obscenas. Diante das imagens, a mãe disse que não acreditava e avisou que a filha não iria depor. Outras três pessoas intimadas pela delegada também não compareceram à delegacia.

- Alguma coisa de errado está acontecendo. As mães simplesmente estão desistindo de trazer as filhas - lamentou a delegada, que tem até domingo para concluir o inquérito.

O padre Ângelo Chiarelli disse ter sido seduzido pela garota.

- A menina me assediou tanto, a menina deu tanto em cima de mim, a menina me pressionou, eu fui seduzido , eu fui bobamente levado por ela - afirmou Chiarelli.

O religioso disse ainda que se considera uma pessoa normal, que não precisa de tratamento. Acrescentou não ter sentido prazer quando acariciava a menina porque "o prazer é espiritual". Exames mostraram que o ato sexual não foi consumado.

- Eu tinha controle, eu sabia que nunca ia acontecer nada, eu sabia. Por quê? Porque eu não tenho mais ereção, por causa de problema de próstata, eu não tenho mais, não posso mais ficar com mulher, não posso nem mais pensar em sexo - confessou o frei.

O padre afirmou que trabalha com crianças e adolescentes há pelo menos 30 anos. Em depoimento anterior, oito crianças de Rio do Sul confirmaram que foram acariciadas por ele. Outras quatro testemunhas serão ouvidas. A mãe de uma menina que tinha contato com o frei também prestou depoimento nesta terça. Segundo ela, a filha recebia mensagens de Chiarelli via celular.

- Percebi, às vezes, que alguma coisa tinha de errado, as mensagens que ele mandava no celular. Ele disse em uma mensagem que era para ela dormir bem e sonhar com ele. A gente ficou perplexo, porque isso não é uma coisa que um padre manda para uma criança, "sonhar comigo". Sonhe com Deus, sonhe com os anjinhos, mas não sonhar com ele - disse a mãe.?

P.S. tem caroço embaixo desse angú, eu já vi esse filme antes!!! pra cima "dele"s Policia !!!

fonte: Jornal O Globo

terça-feira, 23 de junho de 2009

Padre é flagrado com menininha

Um frei de 64 anos foi preso em flagrante por atentado violento ao pudor, quando foi pego por policiais civis em seu quarto com uma adolescente de 13 anos, na Paróquia Divino Espírito Santo, em Rio do Sul, Vale do Itajaí, Santa Catarina. Ontem, ele foi suspenso da ordem religiosa por tempo indeterminado. Com autorização da Justiça, a Polícia Civil vinha monitorando, há mais de dois meses, as ligações feitas pelo religioso, além das mensagens de seu celular. Por torpedo, o padre enviava mensagens de conteúdo romântico e erótico para a menina. Nas ligações telefônicas, o tom era o mesmo, e ele chegava a declarar que amava a adolescente.

Perguntou a cor da calcinha

Em uma das conversas captadas pelos policiais civis de Rio do Sul, o padre quer saber como a menina está vestida antes de ir dormir. "Você está deitada? E colocou a calcinha branca?", pergunta o religioso.
A Justiça também apreendeu computador que pertencia ao religioso, que tinha milhares de fotos de meninas, algumas delas até seminuas. No momento do flagrante, o padre teria confessado que beijou e tocou os seios da menina.

A denúncia sobre a pedofilia do padre foi feita pelos próprios pais da adolescente ao Ministério Público. Após o flagrante, a adolescente confirmou os abusos à assistente social. "Ele só me dava beijo. Daí, ele começou a passar a mão no meu corpo. Só na barriga, e hoje ele passou no seio", disse ela aos policiais que investigam o caso.

Fonte: Jornal Meia Hora

segunda-feira, 22 de junho de 2009

O GOVERNADOR, A PROSTITUTA E A PROSTITUIÇÃO – II

A notícia da queda do Governador de Nova Iorque, Eliot Spitzer, nesse artigo é apenas um pretexto para tratar de um assunto, a infidelidade sexual.

Quando a questão é infidelidade sexual devemos ter maturidade espiritual e analisar o assunto com a lupa dos ensinos bíblicos.

A Bíblia narra história de homens que se mantiveram puros sexualmente e outros que cederam às tentações sexuais. Um personagem bíblico que está na galeria da pureza sexual é sem dúvida José. O mesmo não se pode dizer de Davi e Sansão. A Bíblia relata exemplos positivos e negativos para nosso ensino.

Como manter-se puro sexualmente? Na Bíblia podemos encontrar a resposta para essa pergunta. Alistamos algumas.

Primeiro, nunca diga: “Jamais irei cometer o pecado do adultério ou de me envolver com uma prostituta” (1 Co 10.12). Achar que estamos imunes é o primeiro passo para a infidelidade sexual.

Segundo. Saiba que o Diabo nunca nos diz o preço de uma infidelidade sexual. Ele apenas diz sobre o prazer momentâneo, mas nunca mostra as conseqüências posteriores (Gl 6.7,8). Ele não lembra que um adultério traz grandes prejuízos à família, à igreja, ao Reino de Deus. Ele não lembra que pode contrair uma DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis), uma gravidez indesejada.

Em terceiro lugar, para manter-se puro sexualmente lembre que antes de causar dor ao cônjuge, à família, é, antes de tudo, um ato perverso e um pecado contra Deus (Gn 39.9). Foi essa visão que José teve ao negar deitar-se com a esposa de Potifar.

Em quarto lugar, não flerte com o adultério. Flertar com o adultério é como andar à beira de um abismo. Mais uma vez podemos nos lembrar de José. Ele não flertou com o adultério. Diz a Bíblia que José fugiu, literalmente (Gn 39.12). Ela poderia dizer, “olha, vamos ser amigos” ou “a senhora está tão solitária, o que está havendo, em que posso ajudá-la?”. Não foi isso que ele fez. Fugir nessas circunstâncias é um ato de coragem, de bravura.

Em quinto lugar, peça a Deus para livrá-lo do adultério. Essa deve ser uma oração de todo homem e de toda mulher temente a Deus (Pv 2.16). Ore por sua esposa, pelo seu marido nesse sentido. Ore por si mesmo. A Bíblia afirma que o nosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar (1 Pd 5.8).

Em sexto lugar, lembre que Jesus deu uma nova dimensão ao adultério. Basta apenas um olhar impuro para o sexo oposto que o adultério foi cometido (Mt 5.27,28). Portanto cuide de seus olhos, de sua mente. Aprenda com Jó. Faça um pacto de pureza com seus olhos (Jó 31.1).

Uma palavra final àqueles que cederam às tentações sexuais.

Lembre-se que Deus está disposto a perdoar. Deus está disposto a lançar sobre sua vida o manto do perdão (Sl 31.1). Mas lembre, perdoar não significa que as conseqüências serão anuladas.

Para haver o perdão é preciso a confissão. Confissão à Deus, em primeiro lugar. Depois àqueles que foram traídos (Sl 51.4).

Confissão leva a um outro estágio, o abandono imediato da prática pecaminosa. Nem mais um telefonema, nem mais uma carta, nem mais um e-mail, nem mais um encontro. Ruptura total e incondicional com o pecado (Jó 28.13).

Por último, peça a Deus para lhe enviar um mentor para que lhe ajude a manter-se puro. Peça que Deus lhe envie um Natã para ajudá-lo sempre a ter comunhão com Deus (2 Sm 12.1).

Pense bem nisso!




Fonte: Click da Família - http://www.clickfamilia.org.br

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Número de católicos diminui 30% no Estado do Maranhão

Desenvolver estudos e análises históricas sobre a religiosidade maranhense dos séculos XIX e XX, na perspectiva da História Cultural, a fim de compreender as interfaces e as relações sociais através dos poderes, dos saberes e das instituições são alguns dos objetivos da pesquisa que foi feita pelo diretor do Centro de Ciências Humanas da Universidade Federal do Maranhão (CCH/UFMA), Lyndon de Araújo Santos.

Segundo o professor, o projeto contempla objetos de pesquisa como o catolicismo, cultos, protestantismo, espiritismo e qualquer outra manifestação religiosa.

A ideia é abrir o campo de pesquisa, que por muito tempo se concentrou nos cultos afros. “Nós não podemos entender a história do Maranhão sem a presença da religião católica, desde os jesuítas no período da colonização e também no século XIX, até todas as mudanças que o império e a república trouxeram” explica o pesquisador.

O estudo mostra que no início do século XX, 98% da população brasileira era católica. Hoje, o número caiu para 70%, com o crescimento do protestantismo. As religiões afros mantiveram-se sem grandes alterações. “O campo religioso maranhense sempre foi plural. Embora houvesse uma religião hegemônica, a Igreja Católica aliada ao Estado, as práticas populares sempre foram híbridas e o trânsito religioso uma prática,” destaca.

O projeto é importante para a descoberta de novos pesquisadores da religião no Maranhão, além de publicações que já podem ser vistas no estado sobre o assunto. Outro fator relevante é a consolidação de um grupo que trabalha as perspectivas da história cultural das religiões. Desde 2005, Lyndon Araújo coordena o grupo que vai finalizar o trabalho ainda este ano.

A equipe conta com 20 participantes entre mestrandos e graduandos dos cursos de História, Ciências Sociais, Educação Artística, Direito e Geografia da UFMA. “Estamos elaborando um relatório final para ser apresentado sobre todas as constatações do projeto, que está concluindo, com sucesso, a sua trajetória” finaliza o pesquisador.

Fonte: IMirante

terça-feira, 16 de junho de 2009

Professora lésbica leva alunas ao lesbianismo

Julio Severo

Matéria desta semana do jornal esquerdista Folha de S. Paulo relata que uma professora de 36 anos de uma escola estadual da zona leste de São Paulo foi indiciada por corrupção de menores.

Em depoimento à polícia, dez alunas de uma mesma sala, entre 14 e 16 anos, confirmaram que a professora as envolvia com festas e passeios, partindo em seguida para namoros.

Algo de anormal? Política do governo: incentivo à homossexualidade. Política pessoal da professora lésbica: levar suas alunas à prática do lesbianismo.

Quando a política oficial do governo é a anormalidade sexual, o resultado é o que? Não é preciso ser inteligente para somar 2 mais 2, embora esse minúsculo esforço aritmético — assim como outras áreas acadêmicas — seja tarefa árdua no universo da sala de aula pública.

Na educação pública, parece que tudo fracassa, menos a anormalidade. Do lado dos estudantes, eles recebem pouca educação essencial, mas aprendem muito sobre diversidade e liberdade sexual, resultando nos famosos baixos desempenhos educacionais em testes nacionais e internacionais.

Em vista da educação carregada de sexo que o governo proporciona no Brasil, talvez seja necessária uma estratégia psicológica. Em vez de falar em números impessoais e frios, pegunte-se ao estudante brasileiro o que 2 mais 2, ou 3 mais 4, significam em termos de parceiros sexuais. A resposta será surpreendente, com direito à ênfase sobre camisinha e muitos outros métodos de controle da natalidade. Afinal, o aluno brasileiro é tão doutrinado na importância do sexo sem casamento que ele não tem escolha: ele acaba se formando para professor desse “elevado” tema.

Do lado dos professores, eles recebem cada vez menos treinamento para dar a educação essencial, e mais treinamento para doutrinar em anormalidade. Se a política oficial do governo Lula é educar que a homossexualidade — em sala de aula ou não — é normal, nada mais normal do que os professores mostrarem aos alunos o lado prático dessa política.

O infame programa federal Brasil Sem Homofobia, que é um incentivo explícito à homossexualidade, é um provocador de desastres. Mesmo que um aluno escape de um professor homossexual, ou mesmo que uma aluna escape de uma professora lésbica, dificilmente conseguirão escapar da ameaça da onipresente doutrinação pró-homossexualismo imposta pelo governo nas escolas públicas.

O caso da professora lésbica levando alunas ao lesbianismo é resultado de sua anormalidade sexual e da irresponsável política estatal de libertinagem sexual.

Ela mereceu ser indiciada por corrupção de menores? Claro que sim.

E Lula e seu governo merecem o que por sua corrupção moral dos alunos de escolas públicas?



Fonte: www.juliosevero.com

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A revolução evangélica

Em 1997, a revista VEJA fez uma reportagem sobre os evangélicos. De lá para cá correu muita água debaixo dessa ponte. Sergio Prates Lima, no sábado 6/06/2009, enviou um artigo para Evangélicos pela Justiça sobre a revolução evangélica. Aqui na Sala de Redação temos por hábito publicar artigos de interesse para o mundo cristão evangélico. Assim, recomendamos a leitura do artigo de Prates Lima, e depois a íntegra da reportagem de VEJA. Boa leitura. (Jorge Pinheiro).

Desde a década de 80 cientistas políticos, antropólogos e sociólogos, sem contar padres e freiras, tentam entender um mistério digno das melhores elucubrações de teólogos católicos, de Santo Agostinho a Hans Kung: a conversão pacífica de 8 milhões de brasileiros às mais de 100 denominações evangélicas que existem no país. É um crescimento da ordem de 100%. No mesmo período, a população brasileira aumentou 31%, o que significa que os evangélicos se multiplicaram a uma taxa três vezes maior que a do país. Eles formam hoje um rebanho de 16 milhões de fiéis. Um rebanho ordeiro, trabalhador, que vem galgando a pirâmide social com velocidade assombrosa. O maior país católico agora é também o terceiro maior do mundo em número de protestantes. É um fenômeno que se assemelha aos épicos bíblico-hollywoodianos: milhões de figurantes, novos apóstolos, canastrões, parábolas de sofrimentos abissais antes da conversão; glórias e prazeres indizíveis depois. Esse processo de conquista de almas já foi interpretado como puro fanatismo, exploração de gente humilde por espertalhões, desqualificado por boçal e vítima dos preconceitos mais pitorescos. Na versão mais sofisticada, a crítica atribuiu aos novos fiéis a pecha de fundamentalistas. Nada mais errado. Tantas almas foram ganhas para o "Deus vivo" porque de alguma maneira a religião acabou sendo útil aos convertidos.

O que aconteceu depois

No intervalo de apenas três anos entre a publicação da reportagem de VEJA e a realização de um novo censo demográfico no Brasil, o número de protestantes registrou um impressionante aumento de 10 milhões de pessoas - de 16 milhões de fiéis para 26 milhões em 2000, ou mais de 15% dos brasileiros. O percentual era cinco vezes maior que em 1940 e o dobro do de 1980. Em Estados como Rio de Janeiro e Goiás, o índice superava 20% dos habitantes. No Espírito Santo e em Rondônia, os evangélicos passaram de um quarto da população. Esse ritmo indicava que metade dos brasileiros poderiam estar convertidos em cinco décadas - um tempo mínimo quando se fala em avanço religioso.

As conseqüências desse crescimento foram muitas. Apenas como sinais das alterações a que esse fenômeno pode levar no perfil das famílias brasileiras, vale citar que os evangélicos, mesmo entre os menos escolarizados, têm menor número de filhos que seus vizinhos de outras religiões. A maioria das mulheres evangélicas casadas usam contraceptivos. A quase totalidade dos adeptos de igrejas evangélicas acreditam que a moral sexual do homem e da mulher deve ser igual, e muitos deles preferem casar-se com algum irmão de fé. Além disso, ao contrário do que acontece com os católicos brasileiros, cuja maior parte nasce dentro da religião mas na maioria dos casos não a segue completamente, os evangélicos levam a prática da fé a sério: de acordo com dados de 2002, 80% dos evangélicos diziam participar das cerimônias e das obras sociais com regularidade, quatro vezes mais que no rebanho católico. Ao proliferarem em todas as camadas sociais, os evangélicos produziram mudanças facilmente detectáveis. A mais visível delas aconteceu em público. Os maiores eventos religiosos do país passaram a ser realizados por evangélicos. Um presbiteriano, Anthony Garotinho, foi o terceiro candidato mais votado na eleição presidencial de 2002. Sua mulher, Rosinha Matheus, foi eleita no primeiro turno para o governo do Rio. Nos campos de futebol, a imagem de jogadores mostrando camisetas com mensagens cristãs é a parte espetaculosa de uma mudança profunda nos treinos e nas concentrações. Muitos já não participam de brincadeiras machistas envolvendo colegas, não se acabam em noitadas na véspera dos jogos e até evitam xingar os juízes.

A novidade observada a partir do ano 2000 foi que o modelo de conversão dos evangélicos não se aplicava mais somente aos pobres, mas também cada vez mais a quem tem ou persegue a riqueza. Várias igrejas evangélicas formaram departamentos para atrair gente rica ou famosa. A quantidade de colunáveis convertidos mostra que a estratégia é um sucesso. A ex-modelo Monique Evans, que foi capa de várias revistas masculinas, integrava o quadro da igreja chique Sara Nossa Terra. A igreja Vida Nova, de São Paulo, passou a ser freqüentada por Íris Abravanel, mulher do homem do SBT, Silvio Santos, e por suas quatro filhas. Na área da mídia eletrônica, já havia um verdadeiro império evangélico país afora -- mais de 300 emissoras de rádio, centenas de sites e pastores dando plantão na internet e uma grande máquina televisiva. Não por acaso, a Universal, dona de uma das três maiores redes de TV do Brasil, a Record, é a igreja que mais recolhe doações acima dos 10% do dízimo convencional.

Na política, os evangélicos são um trator. A bancada evangélica da Câmara Federal, cada vez maior, é unida e atua muito além das barreiras partidárias nas questões relacionadas a costumes ou a interesses da fraternidade crente. Chegou inclusive a ter 23 congressistas envolvidos na origem do escândalo da máfia dos sanguessugas, que recebia propina para licitar a compra de ambulâncias superfaturadas. Há também grande investimento em educação. A média de leitura dos evangélicos brasileiros girava em torno de seis livros por ano em 2002 - o dobro da média nacional. As denominações evangélicas administram mais de 1.000 escolas no Brasil, com uma clientela que ultrapassa os 750.000 alunos.

Paradoxalmente, o que mais mudou no Brasil com o crescimento da legião evangélica foi a Igreja Católica. De um lado, surgiu a Renovação Carismática, para revigorar os aspectos místicos e milagrosos da fé. De outro, os padres-cantores saíram atrás de fiéis e compradores de CDs. Na mídia, a Igreja fincou uma bandeira em tempo recorde, criando a Rede Vida de rádio e TV, que cobre todo o território nacional. Os resultados, porém, estão longe do esperado. Uma pesquisa de 2004, feita pelo Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (Ceris), revelou que a Igreja Católica brasileira perdeu nada menos do que 15 milhões de almas em duas décadas — boa parte foi preencher os bancos das evangélicas.

Os católicos falam em crise de vocações. Em 2006, o número de pastores evangélicos por fiel era dezoito vezes maior que a proporção de padres por católico. Enquanto a Igreja Católica não conseguia ordenar mais do que 900 padres por ano, só um único instituto evangélico de São Paulo formava, no mesmo período, 200 pastores. São pastores de uma nova geração, mais centrados na auto-ajuda e menos no sobrenatural do que seus predecessores — nada da ira e dos exorcismos de Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, ou de R.R. Soares, o onipresente telepastor da Internacional da Graça de Deus.

Fonte
Revista VEJA http://veja.abril.com.br/020797/p_086.html

Abaixo, na íntegra, o artigo da VEJA.

"Onde tem Coca-Cola e Correios tem Assembléia de Deus": cultos em todo canto

Desde a década de 80 cientistas políticos, antropólogos e sociólogos, sem contar padres e freiras, tentam entender um mistério digno das melhores elucubrações de teólogos católicos, de Santo Agostinho a Hans Kung: a conversão pacífica de 8 milhões de brasileiros às mais de 100 denominações evangélicas que existem no país. É um crescimento da ordem de 100%. No mesmo período, a população brasileira aumentou 31%, o que significa que os evangélicos se multiplicaram a uma taxa três vezes maior que a do país. Eles formam hoje um rebanho de 16 milhões de fiéis. Um rebanho ordeiro, trabalhador, que vem galgando a pirâmide social com velocidade assombrosa. O maior país católico agora é também o terceiro maior do mundo em número de protestantes. É um fenômeno que se assemelha aos épicos bíblico-hollywoodianos: milhões de figurantes, novos apóstolos, canastrões, parábolas de sofrimentos abissais antes da conversão; glórias e prazeres indizíveis depois.

Esse processo de conquista de almas já foi interpretado como puro fanatismo, exploração de gente humilde por espertalhões, desqualificado por boçal e vítima dos preconceitos mais pitorescos. Na versão mais sofisticada, a crítica atribuiu aos novos fiéis a pecha de fundamentalistas. Nada mais errado. Tantas almas foram ganhas para o "Deus vivo" -- professado sempre aos gritos pelos evangélicos neopentecostais em cultos mais estridentes que uma apresentação de Carla Perez -- porque de alguma maneira a religião acabou sendo útil aos convertidos. Vencendo o preconceito e o desconhecimento, uma nova fornada de estudos acadêmicos sobre o tema é capaz de relacionar alguns desses benefícios:

As igrejas evangélicas realizam um monumental trabalho de alfabetização de adultos e estimulam o hábito da leitura. Embora recrutados entre a população mais pobre e portanto mais suscetível ao analfabetismo -- 54% do rebanho ganha até cinco salários mínimos --, os evangélicos são mais letrados. O analfabetismo entre eles atinge apenas 9,5%, contra 20% da população brasileira em geral.

A disciplina religiosa e a importância dada à educação como fator de ascensão social fazem com que os fiéis das igrejas evangélicas sejam mais exigentes com o desempenho escolar dos filhos. Mesmo quando pobres, 80% dos evangélicos não admitem a hipótese de seus filhos adolescentes entre 12 e 17 anos deixarem de estudar para trabalhar. É o quesito relativo ao comportamento da prole em que são mais exigentes. Na população em geral, o imperativo do estudo atinge apenas 60%.

Sem dogmas que impeçam o planejamento familiar, as novas igrejas distribuem anticoncepcionais a seu rebanho. Segundo o estudo "Novo Nascimento", produzido pelo Instituto de Estudos da Religião, entre as famílias evangélicas pobres, o número de filhos é, em média, 25% menor que entre a população brasileira.

Os evangélicos realizam trabalhos de recuperação de dependentes de drogas e álcool em 270 clínicas espalhadas pelo Brasil. Elas atendem 12.000 pessoas, com índices de eficiência semelhantes aos obtidos por instituições reputadas, como os Alcoólicos Anônimos: 60% de recuperação.

Uma sólida rede de solidariedade entre os fiéis garante que um ajude o outro na hora do desemprego ou da dificuldade financeira. Evangélico empresário prefere empregar irmãos de fé ou candidatos à conversão. Essa rede de empregos se amplia ainda mais porque a atividade religiosa, para os evangélicos, implica a criação de empresas. Editoras bíblicas, canais de televisão, escolas, templos e até bancos evangélicos são responsáveis pelo surgimento de 600.000 empregos, cinco vezes mais que os postos gerados diretamente pela indústria automobilística.

Leitura obrigatória -- Num país onde a educação é uma desgraça, embora seja fator decisivo no destino de qualquer pessoa, o costume protestante de promover a leitura cotidiana da Bíblia, e, mais do que isso, de obrigar o fiel a ler os textos sagrados antes de convertê-lo, transformou-se numa verdadeira revolução educativa. "Os protestantes têm de ser alfabetizados para cumprir seus deveres e fazer seus filhos cumprirem essa norma", lembra o reverendo Jaime Wright, da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil. É uma diferença e tanto num país de tradição católica, pela qual só aos padres compete a leitura das Sagradas Escrituras. A professora de sociologia Cecília Mariz, da Uerj, acompanhou durante cinco anos comunidades evangélicas no Rio de Janeiro e no Recife. Mais tarde, numa tese de doutorado que fez na Universidade de Boston, com o título de "Convivendo com a pobreza -- Pentecostais e comunidades de base no Brasil", Cecília notou que a escola bíblica, dominical, é uma fonte de instrução vital. Além disso, perpetua o hábito da leitura. "A grande frustração dos programas oficiais de alfabetização tentados no Brasil é que, uma vez dominadas as primeiras letras, o aluno nunca mais punha os olhos num jornal ou numa revista", diz ela. "Com os evangélicos, não acontece isso: eles lêem sempre a Bíblia, de onde passam para jornais ou livros religiosos." Exatamente essa parcela de brasileiros muito pobres, entre os quais se inscrevem os 19 milhões de analfabetos, é alvo privilegiado da pregação pentecostal.

Pastor-presidente da 1ª Igreja Batista de Niterói há 33 anos, Nilson Fanini explica que a educação é uma exigência para o 1,8 milhão de batistas das 6.000 igrejas que mantém. Setenta escolas de 1º e .2º grau e 300.000 alunos mantidos pela Convenção Batista Brasileira mostram o esforço educacional desses protestantes. A Igreja Universal, do bispo Edir Macedo, gere o projeto Ler e Escrever, que visa alfabetizar por meio da Bíblia. Segundo o bispo Honorilton Gonçalves, 1,2 milhão de pessoas já passaram pelos bancos do Ler e Escrever.

E haja o que ler. As editoras evangélicas são um estouro empresarial que só tem concorrente entre as casas que produzem livros didáticos -- com a diferença de que elas não possuem a clientela garantida pelo governo. De suas gráficas saíram no ano passado 21 milhões de exemplares de livros, revistas, bíblias e jornais. A maior fatia é de revistas e jornais, com 15 milhões, seguida pelas bíblias, 3,5 milhões de cópias. Em 1995, a produção total foi de 9 milhões, o que resulta num crescimento de 130% em apenas um ano. Só no ano passado foram lançadas noventa novas revistas e jornais, 396 livros inéditos, 61 modelos de bíblia. Para quem acha que essas leituras servem apenas ao fanatismo, lembre-se que hoje nem os setores que empregam a mão-de-obra mais desqualificada, como a admitida na construção civil ou para os serviços domésticos, aceitam trabalhadores analfabetos.

Reformas -- O líder da Assembléia de Deus brasileira, a maior igreja evangélica do país, o cearense José Wellington Bezerra da Costa, bacharel em direito, é testemunha e co-autor desses êxitos. Pai de seis filhos -- três são pastores, uma é sua secretária, outra trabalha com crianças e um, médico, dá assistência ao pessoal da igreja --, Wellington dirige a maior das igrejas evangélicas. São 2,9 milhões de fiéis, conduzidos por 10.000 pastores. É tanta gente que a convenção geral que elege o presidente da Assembléia, a cada dois anos, reúne cerca de 5.000 pastores. A última delas, em janeiro, foi no Estádio do Mineirinho, em Belo Horizonte. São 130.000 casas de oração, incluindo as igrejas, desde uma pequena tapera alugada até templos que acolhem 10.000 pessoas, como uma antiga fábrica de tapetes comprada há seis meses num bairro operário de São Paulo. Na mesma região, já funciona outro templo com capacidade para 3.500 pessoas. No último domingo de cada mês há batismos -- entre 1.000 e 1.500 pessoas são batizadas de uma só vez.

Três dos quatro últimos presidentes receberam o pastor Wellington em audiência -- José Sarney, Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso. No encontro com FHC, em outubro passado, Wellington deu seu recado: "Eu disse que nós somos 100% contrários à união civil entre homossexuais, 100% contrários à liberação do aborto, 100% contrários às drogas e 100% contrários ao Movimento dos Sem-Terra, porque ele fere o direito de propriedade, e disse que a Assembléia de Deus ora e dá apoio às reformas".

A força da organização está nos passos de formiga de cada um de seus membros. A Assembléia de Deus é menos centralizada que a Igreja Católica, muito mais permeável, portanto, à pressão dos fiéis. Apesar dos 100% empenhados contra o MST pelo pastor Wellington, nos acampamentos de sem-terra e nos cultos ecumênicos realizados em favor da reforma agrária sempre está um pastor assembleiano, ladeado por um padre da teologia da libertação, exortando a "companheirada" a prosseguir na luta. Também se encontram evangélicos entre a liderança da PM de Minas Gerais que encerrou quinze dias de greve na semana passada, nos clubes de futebol e até no ministério, onde possuem um representante, Iris Rezende, da Justiça, evangélico de hábitos regulares.

Em todo lugar -- Donos de uma tecnologia de invasão de corações, eles sabem como crescer na periferia e nos ermos rurais. "Quando há um loteamento novo, não esperamos: chegamos na frente, compramos o terreno mais barato e assim que o pessoal chega já tem a igreja para freqüentar", explica o pastor Wellington, exibindo uma visão de religião como tão indispensável quanto água encanada e luz elétrica. Diferentemente da Igreja Católica, com templos cravados nos lugares centrais de cada cidade, os evangélicos se enfiam nos bairros em formação, em bocadas miseráveis, em favelas encarapitadas em morros. Essa logística de ocupação das grandes cidades produz o milagre da multiplicação dos templos, que dá a impressão de que eles estão em todo lugar. Estão mesmo. "Onde tem Coca-Cola, Correios e Bradesco, tem Assembléia de Deus", ironiza Wellington.

É o padre Agnaldo Luiz de Castro, pároco da Igreja Nossa Senhora das Graças de Éden, subúrbio do Rio de Janeiro, quem dá uma das chaves para entender a multiplicação evangélica. Ele sabe o que é isso: sua igreja está cercada por templos protestantes de nomes tão complicados quanto Assembléia de Deus no Trabalho de Cura Divina, Prodígio e Libertação, Assembléia de Deus de Missões, Igreja Pentecostal Shalom e Igreja Evangélica Congregacional, sem contar um templo metodista. "É fácil criar uma igreja cristã não católica porque ninguém vai lá cobrar legitimidade, enquanto na Igreja Católica o padre não pode casar, tem de terminar o 2º grau e fazer sete anos de seminário, estudando três anos de filosofia e quatro de teologia. Isso ainda nos amarra." O que para o padre é defeito, para os evangélicos é princípio religioso. Desde que Martinho Lutero afixou as suas 95 teses na porta da igreja do castelo de Wittemberg, em 1517, e com isso deu origem ao mais espetacular cisma religioso da época moderna, a Reforma Protestante, os crentes acreditam no sacerdócio universal e na autoridade exclusiva da Bíblia. Todos podem falar com Deus, diretamente, sem a intermediação de vigários, e ter acesso direto à palavra divina. Com isso, o indivíduo tem mais responsabilidade, mais consciência, não depende tanto de hierarquias acima dele. Fundamentos básicos da nova fé, esses princípios valem para todas as igrejas ditas evangélicas.

"A perua de Deus" -- Os princípios permanecem, mas mudaram os invólucros. Em busca de um rebanho jovem, as seitas se modernizaram. "Em vez do ascetismo, agora pregam o hedonismo. Em vez de opor-se ao mundo -- antes considerado ninho de pecados --, agora querem integrar-se radicalmente a ele. Adaptaram-se e geraram o maior vetor de acomodação social da atualidade", avalia Ricardo Mariano, sociólogo da USP. Hoje, podem-se encontrar igrejas como a Renascer em Cristo, do "apóstolo" Estevam Hernandes, ex-gerente de marketing da Itautec e da Xerox e cuja esposa, a bispa Sônia Hernandes, é conhecida como "a perua de Deus", tal o seu exibicionismo em qualquer culto.

A fala do jovem fiel de classe média da Renascer em Cristo Flávio Lima, 25 anos, dono de uma empresa que organiza eventos esportivos, torna evidente como os ideais de consumo penetraram no mundo antes asceta do protestantismo. "Chegou uma hora em que eu não queria mais ir à missa. Não dava para comparar a missa-Fusca em que eu andava com os cultos-BMW que freqüento agora." Quase uma caricatura. A Renascer é ainda uma igreja pequena, e deve permanecer assim, pela seleção social que acaba fazendo dos fiéis, mauricinhos em boa medida.

É entre os pobres, porque se apresentam como capazes de operar o milagre da prosperidade, que as novas igrejas pentecostais mais crescem. Também é entre eles que mostram sua força como elemento da acomodação social de que falou o sociólogo Ricardo Mariano. Num estudo com jovens evangélicos da periferia do Rio de Janeiro, a antropóloga Regina Novaes, do Instituto de Estudos da Religião, descobriu, por exemplo, que as igrejas evangélicas se afirmaram como uma opção ao tráfico de drogas. "Vi muitos meninos que trabalhavam para os chefes locais converter-se. Foi a forma de escapar à criminalidade." Mas essa adesão de adolescentes só foi possível porque as novas igrejas também se renovaram. Música funk, rap, dança, biquíni e sunga, que deixariam um crente de antigamente roxo de vergonha, são permitidos pelos novos pastores.

A concorrência dos soldados renovados de Deus obrigou a antes ultratradicionalista Assembléia a mudar. O pastor Wellington diz que sua igreja ainda não tolera mulher vestida com calças compridas -- "Não se ache na mulher a roupa do homem", diz a Bíblia. Em compensação, ele não vê nada de mais em seus fiéis usarem métodos contraceptivos artificiais. "Seria hipocrisia ir contra isso, embora eu ache melhor o método natural", diz. Até 1989, os seguidores dessa igreja não podiam sequer olhar para a televisão. Hoje, a Assembléia tem duas geradoras de programação e 47 repetidoras.

"Dinheiro, saúde e felicidade", prega sem peias o bispo Edir Macedo, "são a prova da bênção divina." E o fiel testa o merecimento dessa bênção ao fazer "apostas" com Deus, na forma das "ofertas em dinheiro", Se Deus acreditar na sinceridade do ofertante, dizem os pastroes, concederá a graça desejada. Causa repugnância a adeptos de outras igrejas. Isso sem falar no dízimo. Pode ser repugnante esse mercado de Deus. Mas o fato de pregar que o paraíso é aqui e agora -- depende de acreditar, pagar e trabalhar -- tem conseguido movimentar uma legião de miseráveis, que não mais se acabrunham diante das vicissitudes da vida, à espera do paraíso de além-túmulo. Seiscentos mil católicos deixam a cada ano a guarda do Vaticano para ingressar nessa aventura.

O queridinho dos intelectuais

No seu rol de amizades estão personalidades díspares como o comediante Chico Anysio, o sociólogo Betinho e os ex-candidatos à Presidência da República Luís Inácio Lula da Silva e Leonel Brizola. Ele já travou longas conversas telefônicas com o petista e recebeu Brizola para comer um tambaqui amazônico em sua casa. Na semana passada, apareceu sorridente, ao lado de uma bela morena, numa foto de coluna social. Já vendeu 3,2 milhões de livros no Brasil. Seu nome é Caio Fábio D'Araújo Filho, pastor da Igreja Presbiteriana Bethânia, que, aos 42 anos, se firmou como símbolo de algo que os amigos chamam de "evangélicos éticos" e os inimigos, entre os quais se encontra um leque também amplo, como o bispo Edir Macedo e o governador do Rio de Janeiro, Marcello Alencar, classificam de "evangélicos chiques".

Lançado há duas semanas, o 93º livro de Caio Fábio, Confissões do Pastor, já vendeu quase toda a tiragem inicial, de 20 000 exemplares. No livro, autobiográfico, pontuado pelas confissões de Santo Agostinho -- uma heresia do ponto de vista dos evangélicos ortodoxos --, o pastor revela que foi um jovem rebelde, promíscuo e desorientado, consumidor voraz de bebida e drogas, sempre às voltas com mulheres e brigas. Amazonense, morando no Rio desde os 15 anos, ele lembra que, suicida, chegou a andar de motocicleta na contramão de uma avenida em Manaus e cogitou dar um tiro na cabeça. Como era de esperar numa obra desse tipo, lá pelas tantas o pastor explica que só não fez isso porque, antes, teve uma visão e se converteu.

Caio Fábio quebrou o preconceito contra os crentes e ganhou ares de pastor cult ao tomar a frente de movimentos sociais. É dele o projeto da Fábrica de Esperança, onde são atendidas mensalmente 15 000 pessoas, em cursos profissionalizantes e assistência médica, odontológica e psicossocial. Casado há 23 anos, pai de quatro filhos, o amazonense leva uma vida confortável num condomínio fechado em Itaipu, Niterói. Tem um Omega 95, celular e ganha por mês de 8 000 a 10 000 reais, entre o salário de pastor e os direitos autorais de seus livros.

A bênção e o dinheiro -- Ele não exerce atividades cotidianas de pároco há treze anos. Dedica-se aos projetos da organização cristã não-governamental Visão Nacional de Evangelização, Vinde, um complexo de comunicação, com uma editora, uma revista mensal que vende 60 000 exemplares, uma rádio AM no Rio e um canal de televisão, com transmissão para Rio, Goiânia, Anápolis e, em breve, Curitiba e Brasília. Ele também tem um programa semanal na TV Manchete. Já foi duas vezes presidente da Associação Evangélica Brasileira -- hoje é presidente de honra. Seu santo só não cruza com o do bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus. "Não acho que a bênção de Deus se alcança com dinheiro como ele prega", diz o pastor.

Com reportagem de Franco Iacomini, de Curitiba, Manoel Fernandes,
de Salvador, e Virginie Leite, do Rio de Janeiro.



Jorge Pinheiro, é ciencista da religião e teólogo. É doutor e Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo e Teólogo pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo
E-mail: sanctus@uol.com.br

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Ela fugiu do inferno

Jovem americana conta como escapou de abusos sexuais e espancamentos numa seita de fanáticos que pratica a poligamia

Enfim, uma família
Criada numa comunidade isolada da Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Elissa foi obrigada a se casar com 14 anos e era espancada pelo marido quando se recusava a ter relações sexuais. O líder da seita a aconselhava a aceitar tudo de cabeça baixa. Hoje, casada com um marido de sua escolha, tem dois filhos e vai cursar faculdade. "Antes, o futuro para mim era a possibilidade de viver no paraíso após a morte", ela diz.
Durante toda a infância e a adolescência, a americana Elissa Wall, hoje com 23 anos, foi vítima de uma educação amparada em padrões morais esdrúxulos e recheada de humilhações e terror. Ela não podia ver TV, ouvir rádio nem ter namoradinhos. Sua família, poligâmica, era composta de um pai, três mães e 22 irmãos e meios-irmãos. Aos 14 anos, foi forçada a se casar com um primo, cinco anos mais velho – segundo ela, "a única pessoa que eu detestava". O infortúnio de Elissa decorre de ela ter nascido numa comunidade isolada da Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, uma das diversas seitas dissidentes da religião mórmon, que ela abandonou há cinco anos. A doutrina mórmon foi cunhada nos Estados Unidos em 1830. Parte dos fiéis se amparava numa interpretação dos textos bíblicos segundo a qual um homem deveria ter mais de uma mulher. Em 1890, a poligamia foi abolida de seus preceitos, por pressão do governo americano, mas seitas dissidentes continuam a praticá-la até hoje. Há dois anos, a seita a que Elissa pertenceu virou notícia quando seu principal líder, Warren Jeffs, chamado pelos seguidores de profeta, foi condenado a dez anos de prisão por cumplicidade em estupro de menores. Elissa foi ao tribunal depor contra ele. No ano passado, a polícia desmontou uma das maiores propriedades da seita, no Texas. Houve prisões por poligamia e incentivo à pedofilia e mais de 400 crianças foram colocadas em custódia do estado por algumas semanas.

Elissa Wall relata o pesadelo de sua vida na seita no livro Inocência Roubada, recém-lançado no Brasil. Em depoimento a VEJA, ela fala do ambiente em que era obrigada a viver. O líder da seita tem o poder de determinar os casamentos e também de remanejar as famílias quando avalia que um homem não lida adequadamente com suas esposas e filhos. Elissa passou por essa situação. Aos 9 anos, viu sua família ser separada por ordem do profeta. "Quando meus irmãos adolescentes começaram a questionar o controle absoluto do profeta em nossa vida, meu pai passou a ser considerado um homem incapaz de tomar conta da família", ela relembra. Junto com a mãe, ela e seus irmãos foram então entregues a outro homem, que já tinha quinze esposas e trinta filhos. As crianças tiveram de se afastar do pai verdadeiro e chamar o outro homem de pai.

Crime
A polícia invade sede da seita: crianças abusadas

O casamento de Elissa com o primo, Allen, durou quatro anos e foi o pior de seus calvários. Para uma adolescente que jamais havia sequer segurado na mão de um garoto, a atitude opressiva de seu marido com relação ao sexo era desesperadora. "Na noite de núpcias, Allen baixou as calças e disse que era aquilo que eu precisava para ter filhos. Fiquei apavorada", ela conta. Nos anos seguintes, sempre que resistia às investidas sexuais do marido, era espancada impiedosamente. "As leis da igreja não permitiam o uso de maquiagem, mas me tornei muito hábil com os cosméticos para esconder os hematomas", diz. Acreditando que a única pessoa que teria o poder de frear Allen era o profeta, Elissa o procurou para pedir ajuda. O conselho que ouviu de Warren Jeffs foi: "Reze, ame seu marido e passe mais tempo com ele". Em 2004, aos 18 anos, Elissa abandonou Allen e a seita. Hoje, com um novo marido e dois filhos, mora em Salt Lake City, no estado de Utah, onde está a maior concentração de membros da seita. Prepara-se para ingressar na faculdade de letras e pretende escrever outros livros. "O que mais me entusiasma é saber que eu e meus filhos temos um futuro", ela pondera. "Antes, futuro para mim era a possibilidade de uma vida no paraíso que recompensasse meu sofrimento na Terra."



Fonte: Revista Veja

Carta de repúdio à igreja

Como cristão evangélico no atual contexto brasileiro me envergonha o fato de ser conhecido como ‘missionário’ ou ‘evangélico’ nesse país. Não é difícil ouvir piadas e chacotas do tipo: “Ah, você é missionário! Mais um que se aproveita para tirar o dinheiro dos trouxas!?”; “evangélico, humm... então é mais um que ta ajudando a enriquecer pastor!?” Alguns “crentes” vêem esse tipo de comentário como “perseguição do inimigo”. Mas, com a atual prática daqueles que se dizem evangélicos no Brasil, o ‘inimigo’ não tem muito trabalho. Ele deve mesmo é estar se divertindo com tanta bobagem e mediocridade. Uma vergonha para aquela que deveria ser a igreja do Senhor!

O que está acontecendo? Será a grande tolerância religiosa que existe em nosso país que coopera para o surgimento de tanta esculhambação? Se for isso, então oremos ao Senhor por uma perseguiçãozinha! Peneira Senhor!

Reafirmo o meu compromisso e a minha fé no Deus Pai, Criador de todas as coisas, no Filho Jesus Cristo, Senhor e salvador para todos aqueles que crêem e confessam o Seu nome e, no Espírito Santo, consolador, santificador e que convence do pecado. Creio na Bíblia como documento base da revelação da vontade de Deus. Creio na salvação pela fé que é graça, isso mesmo, graça de Deus. Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida para todos que nele crêem.

Assim, repudio toda e qualquer tagarelice crentesca que em nada lembra o amor e doação de Jesus Cristo em favor de uma humanidade em pecado. Repudio ser confundido com os mercenários da fé que usam técnicas enjoativas de marketing para manipular a ingenuidade e a ignorância de um povo sofrido. Repudio a forma como se manipula a Palavra de Deus para fazê-la dizer aquilo que interessa a mesquinhez dos gananciosos de púlpito. Repudio a teologia da prosperidade que se revela eficaz, sim, mas somente aos seus proclamadores. Repudio a arrogância daqueles que por gritarem mais alto, fazerem mais barulho e possuírem líderes carismáticos do tipo apresentador de programa de auditório se acham mais espirituais do que a igreja da outra esquina. Repudio a prática que faz da igreja um negócio rentável que vê nas outras denominações apenas uma empresa concorrente.

Repudio a mistura mística que se introduziu nos cultos e na vida do neoevangélico fazendo-o dependente de objetos, símbolos e amuletos defendidos como bíblicos. Repudio o modismo gospel que vive de shows, camisetas e adesivos, enquanto apresenta uma espiritualidade rasa e sem ética. Repudio a prática de pastores que se dizem mais pertos de Deus e, por isso, mais preparados para conseguir aqueles favores de que o povo precisa. Repudio os que se auto-intitulam apóstolos, bispos e profetas portadores de uma nova revelação divina. Repudio as editoras e gravadoras ditas evangélicas que não possuem mais qualquer critério que não o lucro para publicar seus livros e vender CDs. Repudio a prática que transforma a igreja num mero shopping center de bênçãos a serem colhidas nas prateleiras espirituais. Repudio a ignorância teológica que nega a razão e vive de experiência em experiência...

Haveria ainda muita coisa a repudiar. Mas creio que me fiz entendido. Se for isso que vemos hoje o que chamam evangélico; se é esse o testemunho dado por missionários e pastores brasileiros, então não faço a mínima questão de ser reconhecido como tal. Alguns vão me chamar de radical, outros de preconceituoso ou intolerante. Ora, se as palavras ‘evangélico’, ‘crente’, ‘pastor’ e ‘missionário’, que deveriam sugerir exemplo de integridade e caráter causam vergonha, talvez outras palavras, antes de conotação negativa, possam retratar melhor aquilo que deveríamos nos tornar hoje... Afinal, qual é a alternativa?

A igreja que busca compromisso com o evangelho de Jesus Cristo carece urgentemente de ousadia para algo nada novo: Pregar a Palavra de Deus. E isso sem medo de ouvir o que o próprio Cristo já ouviu após se apresentar como o pão da vida: “Dura é essa palavra. Quem pode suportá-la?” (Jo 6. 60). E se daquela hora em diante muitos dos seus discípulos voltarem atrás e deixarem de segui-lo (Jo 6. 66) querido pastor e missionário, não se preocupe, talvez estivessem interessados somente no pão. Ou, realmente seguiam somente a você e não a pessoa de Cristo que você nunca apresentou antes. Porém, mesmo Cristo foi abandonado e não apelou por isso...

Fonte: Jorge Pinheiro - Biblia World Net

DEUS CUIDA DE NÓS

“Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1 Pedro 5.7).

É verdade, o Senhor cuida de nós! Mas, então, por que viver derrotado ou se deixar levar pelas tentações? Ter Alguém que tudo vê, tudo sabe e é Todo-Poderoso é mais do que precisamos. Ele não disse que delegou essa atividade a algum dos Seus anjos – o que já seria muito bom –, mas Ele mesmo Se encarregou de cuidar de nós! O inimigo sabe que, enquanto crermos na verdade, como em qualquer revelação de Deus, ele não nos poderá atingir.

Como Deus cuida de nós? Da mesma forma que o faz em relação a todas as Suas coisas. Cuidar é exercer vigilância, não deixar faltar nada, proteger, preparar aquilo de que vamos precisar, levar-nos em segurança aonde Ele nos tem direcionado.

Ao dar a Terra Prometida aos israelitas, Deus disse que cuidaria dela e Seus olhos estariam sempre sobre ela. Afirmou, ainda, que não faltariam chuvas no tempo certo para que houvesse colheita, daria ervas no campo, e eles comeriam, fartar-se-iam, e nada lhes faltaria. Porém, eles deveriam obedecer aos Seus mandamentos com diligência e guardar-se para que o coração deles não os enganasse e viessem a servir a outros deuses (Deuteronômio 11.12-15).

A mesma atitude Ele espera de nós. Quando obedecemos aos mandamentos com sabedoria e guardamos o nosso coração, nós Lhe agradamos. Esse agradar a Deus significa darmos a Ele condições de operar em nossa vida. Mas, se deixarmos que a sensualidade tome conta dos nossos pensamentos, estaremos servindo ao deus Eros e prostrando-nos diante dele. O mesmo ocorre com quem tem a ciência como seu alvo, ou o dinheiro, a fama ou outra tentação qualquer. Adorando outros deuses, o Senhor não cuidará de nós. Examine se você, de fato, serve ao Senhor e obedece à Sua Palavra.

Em Efésios 5.29,30, o apóstolo Paulo declara: “Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja; porque somos membros do seu corpo”. Então, não desperdice a “comida” que Deus lhe está oferecendo. Ele age conosco do mesmo modo que se relaciona com Sua Igreja e providencia o que julga necessário para Seu progresso. Quando o nosso corpo está doente, ele rejeita a alimentação. O mesmo fará o nosso espírito com o que o Senhor fornece. Se isso estiver ocorrendo, vá ao Médico por excelência, o Doutor Jeová-Rafá e peça-Lhe que o cure. Ele sabe exatamente o que fazer com todo aquele que se chega a Ele e pede Sua ajuda.

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares


Fonte: Mensagens do Missionário R. R. Soares

terça-feira, 9 de junho de 2009

Foto de recém-nascido taxado como homossexual causa polêmica na Itália


“Usar recém-nascidos para passar a idéia de que o homossexualismo é uma característica nata dos bebês é um ato vergonhoso”, disse o deputado Luca Volonté. Veja a imagem.

(Fonte: Folha Online) - O governo da região Toscana causou polêmica na Itália ao lançar uma campanha com uma foto fora de foco de um bebê recém-nascido que tem na mão esquerda uma pulseira com a palavra homossexual ao invés do nome e a frase “Orientação sexual não é uma escolha”. Veja a imagem no fim da notícia.

Lideranças gays apóiam a iniciativa, mas políticos da direita italiana descreveram a campanha como fascista.

“Queremos combater a discriminação contra gays, lésbicas e transexuais, dizendo que a origem da homossexualidade, seja ela genética ou social, não é uma escolha”, afirmou Alessio de Giorgi, conselheiro da Região Toscana Contra a Discriminação Sexual, em entrevista à BBC Brasil.

“Usamos a imagem de um bebê para que as mães possam levar em consideração a possibilidade de que os filhos que carregam no ventre podem ser homossexuais”, acrescentou. “É importante que as mães pensem numa educação sem preconceitos, para evitar problemas afetivos ou eróticos futuros.”

De Giorgi diz que esse não é um projeto isolado. Ele lembra que a região da Toscana, onde está a cidade de Florença, foi a primeira na Itália a aprovar uma lei, em 2004, contra a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero.

“Quase evangélica”

“A nova campanha contra a discriminação sexual e a homofobia está na vanguarda no panorama da defesa dos direitos humanos de qualquer cidadão”, afirmou Aurelio Mancuso, presidente da Associação Nacional dos Gays Italianos.

“Lutar contra a homofobia para superar os muros ideológicos é sinal de uma sociedade mais justa, serena e pacífica”, disse Mancuso. “A mensagem é quase evangélica e será um dever moral e ético de cada bom cristão saber que as pessoas nascem e não se tornam homossexuais.”

Contrário ao material publicitário, o senador Massimo Polledri, da Liga Norte (partido da extrema-direita), pediu que a região Toscana retire imediatamente todo o material de comunicação, que considera uma propaganda semelhante a adotada pelo regime fascista.

“Usar recém-nascidos para passar a idéia de que o homossexualismo é uma característica nata dos bebês é um ato vergonhoso”, disse o deputado Luca Volonté.

A parlamentar Isabella Bertolini protestou com argumentos semelhantes. “Para afirmar um modelo alternativo de sociedade, em que predomina a indeterminação sexual, a região da Toscana não hesita em utilizar um recém-nascido de modo instrumental e ideológico.”

Mancuso, no entanto, defende que toda a Itália siga o exemplo da Toscana em suas campanhas de comunicação.

Franco Grillini, deputado socialista e presidente honorário da Associação Nacional dos Gays Italianos, também é favorável ao governo toscano.

Alerta !!!!!





segunda-feira, 8 de junho de 2009

Reflexão Episcopal - A TV Globo Ficou Boazinha?

Fui surpreendido, assistindo a TV Globo nos Estados Unidos (onde ela localmente proíbe publicidade de Igrejas), com a série “Os Evangélicos”, e a divulgação de ministérios sociais da Assembleia de Deus, dos presbiterianos, metodistas, adventistas, batistas e luteranos. A Globo nunca abriu espaço para as Igrejas evangélicas, e a única exceção foi a transmissão da Cruzada Billy Graham Grande Rio, nos anos 70, com o Maracanã lotado pela primeira vez desde o final da Copa de 1950, por pressão do regime militar, como consta da biografia autorizada do Dr. Billy Graham, escrita por John Pollock.Naquela cruzada, o Bispo Sherrill, foi um dos co-presidentes e o Arcebispo de Cantuária, Revmo. Michael Ramsey, vestido de cassoque púrpura, falou da plataforma, com os pentecostais e batistas de olhos arregalados diante de um “Arcebispo Protestante”, traduzido pelo Rev. Benjamim Moraes, da Igreja Presbiteriana.Pois bem! Durante esses anos a Globo tem “feito a cabeça” de milhões de brasileiros, com um modelo de vida urbano-burguesa-secular, onde Igreja só entra para festa de casamento, os costumes são liberalizados, os personagens de suas novelas não praticam religião, e o homossexualismo é promovido. Os protestantes ou são ignorados ou são pintados negativamente, ou aparecem como personagens que são caricaturas ridículas. Temos sido excluídos por décadas, e temos testemunhado impotentes ao poder deseducativo daquela rede de comunicação, que cresceu no regime militar, foi assessorada pelo grupo Time-Life, de braços com o Ministro da Comunicação “Toninho Malvadeza”(ACM).

E, agora, a Globo “se converteu”?

Longe disso. Os caras são sabidos e são comerciais. No início da série o apresentador fala que somos 15% da população (+/- 25 milhões de pessoas), ou seja, um imenso mercado, que eles percebem que se sente desconfortável com as posturas da empresa.Com “Jade” ela promoveu o Islamismo; com “O Caminho das Índias” o Bramanismo; e se fala em uma próxima novela que promoverá o Budismo.Lembro-me de um pastor pentecostal, meu amigo, que após a edição manipulativa da Globo do debate final entre Lula e Collor em 1989 (hoje ambos “aliados”), beneficiando, escandalosamente, esse último, programou o seu aparelho de televisão para não receber o sinal da Globo, como forma de protesto e para melhor garantir a saúde espiritual e moral da sua família.Portanto, meus irmãos, nada de comemorações apressadas, nada de ingenuidade. A TV Globo continua a mesma, e nós os evangélicos temos que desenvolver um espírito crítico diante da mídia, buscar alternativas (como a Rede Brasil, e outras), cobrar, propor, e sempre que necessário, protestar, pois afinal, somos ou não somos protestantes?...

High Springs, Flórida, 01 de junho 2009.

Dom Robinson Cavalcanti, ose Bispo Diocesano

Secretaria Episcopal Diocese do Recife - Comunhão Anglicana

Escritório Maceió – AL


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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Lei Seca, Eu apoio !!!

Pastores e textos bíblicos do culto ecumênico em homenagem às vítimas do Vôo 447 e por seus familiares

A cerimônia inter-religiosa de orações que acontece na Catedral de Notre-Dame em homenagem às 228 vítimas do trágico acidente aéreo do Vôo 447, Rio-Paris, da Air France de 1/6, e por seus familiares, tem, no programa de culto, os textos bíblicos de Salmo 42, Lamentações de Jeremias 3:17-26, Salmo 129 ("Eu deposito minha esperança no Senhor, eu tenho a certeza da sua palavra") e do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas (Lc 23, 33-53), que descreve a crucificação de Jesus. Os pastores que participarão da cerimônia são: Claude Baty, Presidente da Federação Protestante da França e o capelão protestante do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, Jean Pierre Dassonville. A cerimônia será oficiada pelo cardeal André Vingt-Trois, Arcebispo de Paris, e presidente da Conferência dos Bispos da França. Também presentes o Grande Rabino Haïm Korsia, capelão Israelita do ar, Sr.Mohammed Moussaoui, presidente do Conselho Francês do Culto Muçulmano, o Metropolita Emmanuel, presidente da Assembléia dos Bispos Ortodoxos da França, os outros capelães do aeroporto: Padre Francis Truptil, e o Imame (líder muçulmano) Hazem El-Shaffei.

Um poema “Passos sobre a areia” de Ademar de Barros, poeta brasileiro, será lido no final da celebração (trechos):

"Uma noite, eu tive um sonho,
Eu caminhava pela praia, lado a lado com o Senhor, deixando uma dupla pegada na areia, a minha e a do Senhor.
Veio-me a idéia – era um sonho – de que cada um dos meus passos representava um dia da minha vida. (…) Mas observei que em certos lugares em vez de duas pegadas, havia apenas uma. Então, dirigindo-me ao Senhor, ousei repreendê-Lo:
“O Senhor nos havia no entanto prometido de estar conosco todos os dias!
Por que não cumpristes a vossa promessa?
Por que me deixastes sozinho no pior momento da minha vida?
Nos dias em que eu mais precisava da vossa presença.”
Mas o Senhor me respondeu:“Meu amigo, os dias em que tu vês uma única marca de passos sobre a areia, são os dias em que Eu te carreguei.”"

Segundo a Air France, a celebração "será um tempo de recolhimento e de prece para as famílias e os entes próximos das vítimas, dentro de um espírito de aproximação entre os homens de todos os países e de todas as religiões. Na ocasião serão feitas leituras em francês, inglês e português. A prece será acompanhada por cânticos em francês, latim e alemão da Maîtrise de Notre-Dame de Paris e do Coral da Air France". Ainda segundo a descrição da companhia aérea, também está previsto que "no início da celebração, Mgr Vingt-Trois vai propor aos membros das famílias e entes próximos de levarem 228 velas acesas diante do altar. Elas simbolizam cada um e cada uma dos desaparecidos. As famílias serão convidadas a conduzir esta vela no final da celebração".

Outras músicas e textos da cerimônia: Intróito do Requiem de Duruflé (Maîtrise de Notre Dame); Coral de Johann Sebastian Bach, Ich harre des Herrn (trecho Cantate BWV 131) (Maîtrise Notre-Dame de Paris); Felix Mendelssohn, Da nobis Pacem (Coral da Air France); Trecho do Requiem de Maurice Duruflé, Kyrie (Maîtrise de Notre-Dame); Giuseppe Verdi, Libera me Domine – trechos do Requiem (Coral da Air France).


Fonte: Agência Soma

terça-feira, 2 de junho de 2009

Papa Bento XVI

O papa Bento 16 desempenhou um papel de peso na ocultação sistemática de casos de abusos sexuais contra menores cometidos por padres católicos, segundo um documentário da BBC, Sexo, Crimes e o Vaticano, a ser exibido na TV aberta britânica na noite deste domingo.
Nos EUA, 4 mil padres foram acusados de abuso de menores
O papa Bento 16 desempenhou um papel de peso na ocultação sistemática de casos de abusos sexuais contra menores cometidos por padres católicos, segundo um documentário da BBC, Sexo, Crimes e o Vaticano, a ser exibido na TV aberta britânica na noite deste domingo.

A reportagem do programa examinou um documento secreto interno da igreja, que instrui bispos como lidar com acusações de abusos sexuais cometidos por padres em suas paróquias.

O texto impõe um juramento, em que a vítima, o acusado e eventuais testemunhas se comprometem a manter sigilo absoluto sobre o caso.

A quebra do juramento levaria à excomunhão.

Veja cópia do documento da igreja (em inglês)

Durante mais de 20 anos, o homem encarregado de zelar pela obediência aos termos do documento foi o cardeal Joseph Ratzinger - antes de virar papa.

O documento Crimen Sollicitationis (latim para Crime da Solicitação) foi escrito em 1962 em latim e dstribuído a bispos do mundo inteiro, com a recomendação de que fosse guardado a sete chaves. Poucas pessoas de fora da igreja tiveram acesso a este documento.

O documentário, realizado especialmente para o programa de reportagens Panorama, apresenta material colhido nos Estados Unidos, Brasil e em Roma.

A reportagem é conduzida por Colm O'Gorman, que foi estruprado por um padre católico aos 14 anos.

O programa descobriu sete padres acusados de abusos contra menores vivendo no Vaticano ou em seus arredores.

Um deles, o padre Joseph Henn, foi indiciado, em um tribunal nos Estados Unidos, por 13 acusações de abuso de menores.

Durante as filmagens, O'Gorman descobriu que o padre Henn respondia aos pedidos de extradição do escritório de sua ordem religiosa no Vaticano.

A produção do documentário começou em março de 2002. O Vaticano recusou os vários pedidos feitos pela equipe para que fossem respondidos casos apresentados no filme.

A igreja católica tem cerca de 50 milhões de crianças em suas congregações.

No ano passado, vários casos de abusos vieram à tona nos Estados Unidos.

Segundo um relatório da igreja americana, ficou comprovado que em todo o país cerca de 4 mil padres foram acusados de abusos sexuais contra 10 mil jovens, na maioria meninos.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/10/061001_panoramaigreja_tp.shtml

Papa pede desculpa por abusos sexuais cometidos por padres

O Papa Bento XVI pediu desculpas pelos abusos sexuais na Igreja Católica, esta sexta-feira, na Austrália onde afirmou que os responsáveis devem ser levados à Justiça, noticia a agência Reuters

«Lamento profundamente a dor e o sofrimento por que as vítimas passaram», afirmou o Sumo Pontífice na sua homilia, em Sydney.

«Estes delitos, que constituem uma grande traição de confiança, merecem condenação inequívoca. Os responsáveis por este mal devem ser levados à Justiça», garantiu o Papa.

As vítimas de abusos na igreja na Austrália pediram ao Papa que se desculpasse publicamente durante sua visita a Sydney para o Dia Mundial da Juventude, entre 15 e 20 de Julho.

A organização Broken Rites, que representa vítimas de abuso sexual na Austrália, tem conhecimento de 107 condenações de abusos por parte da igreja, mas diz que pode haver milhares de vítimas, já que poucos casos são julgados. O Papa enfrentou a questão de abuso sexual na Igreja Católica nos Estados Unidos durante uma visita a Washington em Abril, reunindo-se com as vítimas e prometendo manter os pedófilos fora do sacerdócio.

Bento XVI afirmou que os abusos sexuais pelo clero prejudicam a Igreja Católica. «Eu gostaria de parar para reconhecer a vergonha que todos nós sentimos como resultado do abuso sexual de menores por alguns membros do clero e por religiosos neste país», disse o papa durante a missa na Catedral de Santa Maria, em Sydney.

«Eu peço a todos que apoiem e dêem assistência aos bispos e trabalhem junto deles para combater este mal. As vítimas devem receber compaixão e cuidado».

As vítimas de abuso afirmaram que o Papa não deve apenas pedir desculpas pelos abusos cometidos por membros da igreja, mas também implementar um sistema de investigação das acusações. Eles dizem que a Igreja Católica na Austrália continua a tentar encobrir estes incidentes.

Fonte: IOL diário

Em nome de Deus

Fama, dinheiro e assédio feminino fazem parte da vida de um jogador de futebol. Mas as lesões, a pressão pelos resultados e a solidão também estão na rotina de muitos atletas. É é nesta segunda opção, no lado sem glamour do futebol, que age Johnny Monteiro, um dos fundadores dos Atletas de Cristo, e que trabalha nos bastidores do Avaí.

Johnny é uma espécie de consultor espiritual dos jogadores. Passa os ensinamentos da Bíblia por meio de reuniões e encontros com os atletas, inclusive para os garotos das categorias de base. Também sugere músicas e textos motivacionais.

– Ele é um amigo meu e já conhecia o William, o Caio, a maioria dos jogadores do Avaí – explicou o técnico Silas. – Ele é um apoio, um cara para fazer um trabalho de psicologia dentro do futebol. Ele conhece a linguagem do jogador, tem muita facilidade para falar com os atletas.

Johnny não tem uma ligação oficial com o Avaí. Mesmo porque quer trabalhar com outros clubes do Sul do país e com atletas do vôlei e basquete. Na terça-feira, por exemplo, deu uma palestra motivacional para os jogadores do Flamengo, que venceram o Joinville, no basquete.

A ligação de Johnny com Silas começou no início da década de 1980, quando foi convidado pelo técnico Cilinho para trabalhar com os jogadores do São Paulo. Mais tarde, quando estava na Argentina, acompanhou o atual técnico azurra.

– O presidente do San Lorenzo me disse: “Qual o camisa 10 você tem?”. Falei do Silas, que então foi para a Argentina. No primeiro jogo, o Silas fez um gol no Boca Juniors. Ele pegou a bola, foi até o meio e se ajoelhou. Começa aí os Atletas de Cristo na Argentina.

O San Lourenzo seria campeão argentino, depois de 20 anos, com Silas sendo um dos jogadores mais importantes do time.

Johnny trabalhou ainda com a Seleção Brasileira sub-20, quando a equipe era comandada por René Simões, hoje no Coritiba. Também participou de duas Olimpíadas, sempre como um consultor espiritual. O volante César Sampaio, que já jogou pela Seleção Brasileira, costuma citar a importância de Johnny na sua vida profissional.

– Eu vejo nos atletas, diferente da torcida, que cobra muito, o seu interior. Muitas vezes o jogador está deprimido e com problemas na família. Trabalho com este lado emocional, tentando levar a palavra de Deus – contou Johnny.

Encontro reúne atletas e membros da comunidade

Na segunda-feira, dia 18, Johnny levou a reportagem do Diário Catarinense para acompanhar uma reunião na casa de Décio Antônio, ex-atacante azurra, e que mora nas proximidades da Ressacada. Estavam lá os jogadores Evando e Wendel, o auxiliar-técnico Paulo Antônio, irmão de Silas, atletas da base azurra, além de outras pessoas da comunidade. Este encontro acontece desde 1993.

Na garagem da casa, os participantes da reunião oraram e cantaram. Também ouviram um depoimento de Evando, que falou dos momentos difíceis da carreira e das lesões e como superou tudo. Paulo Antônio, depois de ler uma passagem da Bíblia, falou, principalmente, aos garotos da base.

– No futebol há mídia, dinheiro, fama. Mas também vai ter luta. Vocês estão preparados para enfrentar o banco de reservas por quatro ou cinco anos, as lesões? No futebol, um precisa do outro. Vocês estão preparados para morrer por seus companheiros em campo? – perguntou.

Na visão do auxiliar-técnico, quando o Avaí perdia por 1 a 0 para a Chapecoense e precisava virar a partida para ir à semifinal, os jogadores não deixaram de acreditar na vitória e em Deus. Ao final da palestra de Paulo Antônio, Johnny falou.

– Agora baixem a cabeça e falem com Deus.


Fonte: Diário Catarinense

segunda-feira, 1 de junho de 2009