quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Fernanda Brum conta o testemunho de Helen Berhane, cantora que foi torturada por falar de Jesus

A cantora Fernanda Brum conta o testemunho de Helen Berhane (foto ao lado), uma cantora eritréia que ficou presa durante anos dentro de um contêiner num deserto por ter gravado um CD gospel. A jovem teve suas pernas quebradas várias vezes e recebeu a proposta de assinar um papel negando tudo o que dizia em suas canções em troca de sua liberdade. “Era só ela assinar o papel”, disse Fernanda Brum. Mas não foi o que Helen fez.

Helen passou anos apanhando dentro do contêiner. E ao tomar conhecimento da situação da jovem, Fernanda Brum sentiu-se profundamente incomodada. “Eu já não dormia mais. Dia e noite eu dizia: a jovem está dentro deste contêiner, porque fez a vontade de Deus”.

Fernanda Brum se diz incomodada quando um jovem pensa que seu ministério se resume a cantar. “Você acha que meu chamado é ser cantora evangélica? Se teu chamado é só esse, desista. Vá fazer música secular”, advertiu. O apelo da cantora é para que sejamos desesperados por almas. “Você precisa respirar salvação. É pra fazer música? Que sejam feitas músicas para salvação. Teatro? Que seja teatro para salvação. É pra pregar a palavra? Então tenhamos desespero por salvação”.

Ao ser indicada ao Troféu Talento, Fernanda Brum recebeu o prêmio de cantora do ano. “Deus falou comigo: você está achando que esse troféu é pra você? Esse troféu é da Helen. Você nunca ficou presa num contêiner. Pode mandar o troféu pra ela”, contou. E a cantora enviou o troféu para a jovem.

Fernanda, desde que conheceu a situação de Helen, passou a viver, dia após dia, a agonia de saber que alguém sofria perseguição pelo simples fato de usar a arte a favor do evangelho. “Eu não tinha paz pra comer minha comida quente no meu prato, porque ela comia no chão. Eu não tinha paz pra usar meu banheiro de granito, porque ela não tinha banheiro. Eu não tinha paz”.

Fernanda contou que, certo dia, estava em casa quando seu marido gritou do segundo andar: “Fernanda, soltaram a Helen!”. “Eu subi as escadas correndo, não podia acreditar. O governo negava a existência dela, dos pastores e das outras 14 crianças, dizendo que se tratavam de fantasmas. Eles eram fantasmas para o inferno. Assustavam o inferno e, por isso, estavam ali”, disse.

Certo dia, Fernanda Brum recebeu um telefonema da Missão Portas Abertas informando que o homem que fugiu com Helen do campo de concentração havia sido morto, decaptado, e sua cabeça colocada na porta da casa de seu pai. Ninguém dava notícias sobre Helen. Fernanda mandou e-mails para o mundo inteiro à procura de informações sobre a jovem, mas não teve nenhuma resposta. Dias depois, a cantora recebeu um e-mail com a foto de Helen segurando o Toféu Talento.

“A sua linguagem missiológica eficaz é a linguagem da unidade, a linguagem do desesperado por salvação, a linguagem de não ter sua vida por preciosa, mas o evangelho por precioso. A sua linguagem correta é a que Deus quiser usar na hora certa, no tempo certo. Não existe uma fórmula, um jargão, existe uma paixão avassaladora, desesperadora, que te consome de dentro pra fora, de forma pra dentro, e que te faz um semelhante a Cristo em todo tempo”, concluiu Fernanda.



Fonte: Rede Super

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

"É insano crianças morrerem e a gente achar que isso é cultural", diz pastor indígena

Por Nany de Castro - www.guiame.com.br

Atualmente em território brasileiro vivem cerca de 460 mil índios que ainda residem em suas aldeias, o equivalente a 0,25% da população brasileira, afirmam dados da Fundação Nacional do Índio (FUNAI).

Muitas discussões podem ser travadas quando o assunto é a evangelização do índio. Alguns órgãos e indigenistas entendem que a pregação do cristianismo faz com que as culturas sejam danificadas. "As missões não têm como finalidade levar saúde e educação aos índios. O que querem é 'salvar almas'. Terminam fazendo trabalhos pontuais nessas áreas como moeda de troca", acusa o indigenista Izanoel Sodré, coordenador regional da Amazônia Ocidental, em entrevista ao Correio Braziliense (02/12/2005) .

Já o pastor indígena Jayson de Souza Morais não concorda com opiniões semelhantes a essa. Conhecido como Pr. Tato, é membro da etnia Caiuá e atua como presidente da Igreja Indígena, além de dirigir o Instituto Bíblico para Indígenas e o Conselho de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas (CONPLEI).

Em entrevista exclusiva ao Guia-me, o Pr. Tato fala sobre a atual situação da Igreja Indígena e enumera suas peculiaridades e desafios.

Guia-me: Como o senhor avalia a Igreja indígena hoje no Brasil?

Pr. Tato: Podemos ver as bênçãos de Deus alcançando os povos indígenas e junto vemos também os desafios. Temos cerca de 100 etnias sem a presença de missionários, precisando do evangelho, e esses são os desafios que eu sinto como indígena. A gente percebe que a igreja brasileira tem deixado de lado os povos indígenas, tem olhado para fora, e esqueceu-se de olhar para a própria casa, que é o Brasil.

Guia-me: Como está a luta contra o assassinato de crianças nas aldeias ?

Pr. Tato: O infanticídio continua acontecendo hoje. Em diversas etnias as crianças continuam sendo mortas, e muitas pessoas defendem que isso deve continuar como uma prática cultural aceitável. Na minha aldeia isso acabou, entre os Caiuás, quando o Evangelho chegou entre nós. É isso que tentamos levar as outras etnias, porque só o Evangelho vai poder libertar. Estamos tentando junto ao Governo Federal uma lei que chama Moadi, para que seja proibido o infanticídio nas aldeias. Mas enfrentamos uma grande barreira de antropólogos, FUNAI, indigenistas, que lutam contra, não permitindo que essa lei saia do papel. É insano crianças morrerem e a gente achar que isso é cultural.

Guia-me: Como evangelizar indígenas sem provocar um grande choque cultural, proveniente, por exemplo, da proibição de manifestações dos costumes indígenas?

Pr. Tato: Alguns missionários, por despreparo e não conhecerem a cultura, começaram a proibir muita coisa, nossas danças, instrumentos. Vou até exemplificar, esse instrumento chama-se "Mimbu" (segurando), ele era usado para invocação de espíritos, mas hoje usamos para a invocação do nome do Senhor, do Espírito Santo. Não precisamos abandonar tudo que nós temos, mas direcionar à pessoa certa, aquele que nos salvou, que é o Senhor Deus, o criador de todas as coisas. É ele que louvamos, adoramos. Fazemos isso aqui (tocando) como uma oração e tenho certeza que Deus ouve de maneira muito especial, porque é de todo nosso coração.

Guia-me: Quais são as principais necessidades da Igreja Indígena?

Pr. Tato: Nós precisamos de apoio aos missionários que já estão trabalhando nos campos. Eu dirijo um instituto bíblico que prepara obreiros indígenas para que eles voltem para suas aldeias, e isso facilita o trabalho porque não há a barreira da língua, da cultura. Precisamos de ajuda no sentido de sustentar esses missionários que são enviados às aldeias e também precisamos de doações para o centro de recuperação de crianças desnutridas: alimentos, fralda descartável, leite. Qualquer ajuda será muito bem-vinda, será usada para a glória do Senhor em favor dos povos indígenas.

Guia-me: Quais as principais diferenças da forma de adoração e momentos de louvor de vocês (índios) em relação a uma grande parcela das igrejas evangélicas no Brasil?

Pr. Tato: A maneira pela qual nós adoramos e louvamos a Deus é diferente da maneira que vocês fazem. Nós priorizamos na aldeia tudo em nossa língua. temos o trabalho de tradução da bíblia, existe um missionário Caiuá trabalhando nessa tradução e, se Deus quiser, em 2011 teremos nossa bíblia. Esse é um outro desafio. De 213 etnias, apenas quatro possuem a Bíblia em sua língua. Nos momentos de louvor, algumas músicas são as que aprendemos com os missionários e traduzimos para a nossa língua, e outras criamos a partir do nosso contexto, da nossa vida, da nossa maneira de ser.

Guia-me: O senhor acredita que a etnia Caiuá traga alguma manifestação cultural semelhante as histórias bíblicas?

Pr. Tato: Nosso mito Caiuá, como aprendemos que o mundo foi formado, é muito semelhante a história de Adão e Eva e da criação. Ele só precisou ser ajustado depois que nós conhecemos o evangelho. Deus trabalha no meio das culturas e no fim de tudo há uma sede e um vestígio que aponta para um Deus único e verdadeiro.
Foto de Getúlio Camargo
Fonte:Guia-me

Casamento: "A proximidade pode matar o desejo", afirma o Pr. Josué Gonçalves

Por Adriana Amorim - www.guiame.com.br

"Ele tem que sentir saudade dela. Ela tem que sentir saudade dele". Para Josué Gonçalves, "casamento não é o sepultamento da individualidade". Há 19 anos atuando no ministério de família, o pastor realiza conferências no Brasil e no exterior abordando temas como relacionamento conjugal e criação de filhos. Terapeuta familiar e escritor, Josué Gonçalves apresenta aos sábados, às 8h pela Rede TV, o programa "Família debaixo da graça", que tem gerado testemunhos de restauração em lares.

Em entrevista ao Guia-me, o pastor abordou os principais problemas relatados por casais em suas ministrações e aconselhamentos; as mudanças no relacionamento do casal com a atuação da mulher no mercado de trabalho, e administração financeira. Josué expôs também conselhos para manter o "amor romântico" no casamento e revelou a importãncia de se compreender o que é "amor sacrificial".

Guia-me: Nesses 19 anos, pastor, os problemas relatados por casais são os mesmos?

Josué Gonçalves: Eu penso que não mudaram muito. É claro que com o avanço tecnológico, a possibilidade de se abrir mais, principalmente quando se fala de mulher - porque a mulher vivia dentro de um cubículo que a colocaram, culturalmente falando, esse mundo machista - e nós de certa forma ainda carregamos um pouco desse machismo. A mulher não tinha liberdade de expressão como tem hoje. Ela não tinha conquistado o espaço que conquistou hoje. Na verdade, os problemas sempre existiram, agora há uma abertura maior para pedir ajuda, fazer sua denúncia. A impressão que fica é que os problemas que existem hoje não existiam no passado, na verdade sempre existiram. É que hoje está mais fácil denunciar, pedir ajuda, pedir socorro.

Guia-me: Então de alguma forma isso contribuiu para o aconselhamento? Os casais se achegam mais hoje para serem aconselhados?

Josué Gonçalves: Eu penso que sim. Porque na proporção que as pessoas vão se abrindo, vão denunciando, vão pedindo ajuda, fica mais fácil para os conselheiros trabalharem, socorrendo essas pessoas.

Guia-me: No seu site, Família e Graça, há uma enquete que questiona qual o principal problema que as pessoas enfrentam na família. 27% das pessoas que responderam apontaram administração financeira. Na sua opinião, o problema maior está na falta de recursos ou na abundância recursos? Por que as pessoas apontam a administração financeira como o principal problema do casamento?

Josué Gonçalves: Eu penso que a maioria colocou que a sua dificuldade é administrar o que se ganha. Nós vivemos hoje uma economia que não tem muita perspectiva de crescimento rápido, estamos saindo de uma crise mundial e no nosso país, até um tempo atrás, as coisas eram bem complicadas, hoje melhorou muito. Porém, as pessoas ainda têm muita dificuldade em administrar o que se ganha. Eu sempre tenho dito que o problema do brasileiro não é o quanto ele ganha, mas como administra o que ganha. Porque mesmo quando não se ganha muito, mas se administra bem, faz-se muito. E eu penso que essa é uma habilidade que o brasileiro precisa aprender ainda.

Guia-me: Precisa aprender como casal também?

Josué Gonçalves: Com certeza, porque se o casal não aprender fica difícil, as despesas são maiores, os gastos são maiores. Dentro do casamento a necessidade de se aprender a administrar o dinheiro é maior do que quando se é solteiro.

Eu sempre tenho dito que casais inteligentes crescem juntos. Há um livro que diz "Casais inteligentes enriquecem juntos", e é verdade. Dentro do casamento se não houver uma cooperação mútua, uma compreensão, se não houver uma pré-disposição em praticar a arte do economizar, o casal não chega a lugar algum e isso pode ser a causa até de uma separação.

Guia-me: A gente pode apontar um culpado ao dizer que um casamento fracassou?

Josué Gonçalves: Eu penso que ninguém erra sozinho. Toda vez que acontece uma separação, os dois têm responsabilidades, têm uma parcela de culpa. É lógico que se você colocar os dois em uma balança, sempre um tem mais responsabilidade do que o outro. Porém, quando um casamento fracassa., os dois devem, os dois têm responsabilidade. Ninguém erra sozinho, mesmo quando acontece uma infidelidade conjugal. É lógico que nada justifica o adultério, mas há pessoas que contribuem para que o cônjuge caia em adultério. Eu sempre digo que eu como marido posso dificultar ou facilitar a ação do diabo no meu casamento, depende das brechas que eu vou abrindo através do meu comportamento.

Guia-me: Em suas ministrações o senhor aponta diferenças entre o amor romântico e o sacrificial. Como um casal pode fazer para que esse amor romântico não se perca no casamento?

Josué Gonçalves: O casal precisa ser criativo. Hoje, por exemplo, a mulher, com o avanço tecnológico, foi disponibilizada para o mercado de trabalho, ou seja, o avanço tecnológico liberou a mulher que antes estava presa dentro de casa, em função de tudo o que ela tinha que fazer e de forma muito trabalhosa. A máquina de lavar, o micro-ondas, a geladeira, o forno elétrico, a máquina de lavar louça, de secar, todo o avanço tecnológico contribuiu para que a mulher ficasse mais livre e ocupasse seu espaço no mercado de trabalho. Mas aí veio o grande desafio: Como conciliar trabalhar fora, cuidar de filhos quando se volta para a casa, cuidar da casa? 0u seja, cuidar de toda a demanda doméstica e também ser amante do marido na intimidade, ser esposa na intimidade?

Eu penso que se o casal não administrar tudo isso com criatividade, sabedoria e inteligência, realmente acaba o romantismo. Por quê? Porque eu sempre tenho dito que a distância provoca saudade e a saudade provoca o desejo. Então, o excesso de proximidade e a exaustão crônica pode fazer o casamento cair no marasmo, na mesmice, no tédio ou na depressão conjugal. Então, o casal precisa realmente administrar isso com inteligência para que não morra o romantismo.

Guia-me: O que seria o excesso de proximidade? Como o casal pode evitá-lo ao estar constantemente junto?

Josué Gonçalves: Quando eu falo sobre respeito em uma das minhas palestras, eu digo o seguinte: Nós precisamos respeitar os limites da individualidade do outro. Porque casamento não é o sepultamento da individualidade, não é a morte da individualidade. O que é a individualidade? É respeito consigo mesmo. Mesmo dentro do casamento eu preciso respeitar os limites da individualidade do meu cônjuge, porque todos nós precisamos de um espaço para estarmos a sós conosco mesmo e quando o casal não entende isso, qualquer tempo de separação se entende como abandono, indiferença, essa relação é doentia.´Por quê? Porque minha esposa precisa do momento dela, eu preciso do meu espaço, ela precisa do espaço dela. Por quê? Overdose de atenção, de carinho, de beijo, pode matar. Todo excesso é danoso, tudo o que é demais não é bom. Eu digo que o casamento precisa desse epaço que me faz sentir saudade e falta do meu cônjuge. Eu particularmente acho que para todo casal que trabalha junto, com o tempo, a relação pode se desgastar, porque se veem de manhã, à tarde, à noite, voltam para casa juntos, dormem juntos, acordam juntos, vão para o trabalho juntos, almoçam juntos. Mas ele precisa sentir saudade dela. Ela precisa sentir saudade dele. Essa proximidade pode matar o desejo.

Guia-me: Então é como uma eterna conquista?

Josué Gonçalves: Por que namoro é contagiante? Porque não se vê todo dia. Por que no namoro existe toda aquela coisa maravilhosa de se vestir para o outro, de se aprontar para o outro? De ouviir a voz do outro? Porque não se veem toda hora, não se veem todo dia. Então, dentro do casamento a gente precisa curtir esse namoro também, a gente tem que criar essas situações para não morrer a graça do relacionamento. É nesse sentido que eu falo.

Guia-me: O pastor também costuma abordar o tema do amor sacrificial. Em seus aconselhamentos, ministrações e atendimentos, o senhor percebe que as pessoas compreendem esse amor ou não?

Josué Gonçalves: Tem muito a ser ensinado. As pessoas procuram enfatizar muito o amor romântico, eu até entendo que o amor romântico é uma necessidade, inclusive na minha enquete mais de 20% das pessoas disseram que precisam melhorar na área do romantismo.

Eu acho que amor romântico é comprometimento consciente. É amor compromisso. Aquilo que foi dito lá no dia do casamento. Prometo te amar em qualquer circunstância. Será que eu estou falando isso na hora da escassez, da doença, da prova, da luta? Eu realmente estou disposto a amar como eu prometi? Eu digo que nós não estamos vivendo uma crise de compromisso, mas uma crise de amor sacrificial. Quem ama sacrificialmente vai até o fim com a pessoa amada, custe o que custar.

Guia-me: O senhor entende que esse é um dos motivos de muitos divórcios? A pessoa não reconhecer esse amor sacrificial?

Josué Gonçalves: Sim. Às vezes a grande ênfase está no romantismo e eu tenho dito que numa construção o romantismo é a pintura, a ornamentação, mas o amor sacrificial é o fundamento, o que sustenta a relação, porque quando vêm os momentos difíceis da vida, o que pesa realmente é o amor sacrificial.

Guia-me: Quais são os principais motivos de casais que o procuram estarem na iminência de um divórcio?

Josué Gonçalves: Eu penso que um dos principais motivos é a falta de investimento na relação. A maioria pensa que um bom casamento é obra do acaso, acontece automaticamente, quando na verdade casamento é uma grande construção e quanto maior o seu projeto, mais você tem que investir a partir do alicerce e parece-me que as pessoas estão desistindo facilmente, não estão querendo pagar o preço necessário para construir um grande projeto de vida.

Eu li um livro esses dias onde a autora dizia o seguinte: 70% das separações são desnecessárias, as pessoas estão se separando porque buscam no outro o que só é possível encontrar dentro de si mesmo. Eis a razão porque a pessoa às vezes casa cinco vezes e continua desiludida. Porque está procurando encontrar na outra pessoa o que só é possível encontrar em si mesma. Então, eu penso que uma das causas é porque as pessoas não estão investindo como devem na sua relação como construção.

Guia-me: O senhor também passou por um momento difícil em sua família, quando sua esposa adoeceu. Em um testemunho, o senhor conta que foi ali que descobriu como poderia demonstrar ainda mais o seu amor a ela. Quais seriam os conselhos para um casal que deseja viver esse amor sacrificial?

Josué Gonçalves: A vida nos dá frequentemente oportunidades de demonstrar o nosso amor sacrificial. E amar sacrificialmente é colocar-se no lugar do outro para sentir o que ele sente, afim de ser aquilo que Deus quer que nós sejamos, porque Deus quer que eu seja para minha esposa um canal de bênção, um instrumento de graça, um agente de transformação. E eu só serei para ela o que ela precisa se me colocar no lugar dela para sentir o que está sentindo. Quando as pessoas ganham essa consciência e vivem assim, não têm problema de se entregar em favor do outro, até porque Jesus é nosso grande exemplo.

Guia-me: Amar ao próximo?

Josué Gonçalves: Isso. Amar como a si mesmo. Se eu amo a minha esposa como eu amo a mim mesmo, então tudo o que eu quero de bom para mim eu desejo para ela, e aí é o que a maioria dos conselheiros falam: Você não casou para ser feliz, mas para fazer o outro feliz. E quando você faz uma pessoa feliz, você colhe aquilo que está plantando.

Guia-me: O senhor apresenta semanalmente um programa de TV com duração de 15 minutos. O pastor tem recebido testemunhos desse trabalho?

Josué Gonçalves: Quinze minutos tem dado para a gente dar um recado legal e já faz dois anos praticamente.

Todo lugar onde eu vou dar palestras há alguém testemunhando, gente que grava o programa, que não sai para trabalhar sem assitir ao programa. Gente que teve sua vida de casal e de família transformada a partir dos programas, padres que assistem ao programa, adquirem meu material, utilizam nas paróquias, então, são dezenas, centenas de testemunhos sobre o nosso projeto.

Guia-me: Como está o projeto de distribuir 500 mil adesivos com a mensagem "Família o meu maior patrimônio". Como surgiu a ideia?

Josué Gonçalves: Um dia eu estava conversando com o meu filho sobre uma campanha que queria fazer chamando a atenção do Brasil para o valor da família. Aí veio essa ideia. Por que nós não lançarmos na televisão, no site, livretos e camisetas e adesivos com a frase Família meu maior patrimônio? Aí nós começamos a fazer milhares de adesivos e a distribuir gratuitamente através do site. Então, nasceu a ideia dos livretos e das camisetas.

Nós vamos lançar bonés, canetas, chaveiros, porque a proposta é chamar a atenção do Brasil para o valor da família. Eu tenho dito que se você perder seu dinheiro você não perdeu nada. Se você perder sua saúde, você perdeu alguma coisa, mas se você perder sua família, você perdeu seu ninho, seu maior presente, seu maior patrimônio.

Fonte: Guia-me

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Pentecostais manifestam-se contra bases militares na Colômbiatentando converter ateus

Barquisimeto, segunda-feira, 31 de agosto de 2009 (ALC) - A União Evangélica Pentecostal de Venezuela (UEPV) pronunciou-se contra a instalação de sete bases militares estadunidenses na Colômbia, porque elas constituem uma ameaça à paz na América Latina.

“Nós rechaçamos a ingerência e a hegemonia que o imperialismo pretende impor na América Latina”, disse o presidente da UEPV, reverendo Gamaliel Lugo.

Na verdade, agregou, o imperialismo quer “apoderar-se dos hidrocarbonetos e dos recursos hídricos que se encontram no continente sul-americano. Com as bases militares, eles pretendem vigiar mais de perto os processos transformadores que avançam em nossos países e ver uma forma de estancá-los.”

Ao se pronunciar para 400 líderes de igrejas pentecostais da Venezuela, reunidos no final de semana em Vila Bolivariana, em Barquisimetro, no encontro de Militantes por um Mundo de Paz, a presidente do movimento nacional de mulheres da UEPV, Élida Quevedo, expressou apoio à Lei Orgânica de Educação (LOUVE), aprovada recentemente pela Assembléia Nacional (AN) e promulgada pelo presidente da República, Hugo Chávez Frias.

“Essa é uma lei magnífica”, avaliou, assinalando total concordância a uma educação laica e gratuita, centrada em valores e contextualizada, garantida pelo Estado.

Quanto à educação religiosa, disse que esta deve, efetivamente, ocorrer a partir do lar, das igrejas e outros âmbitos públicos ou privados. “Não se deve utilizar a escola para reproduzir as igrejas”, declarou Quevedo. Esta lei evita que uma maioria religiosa se imponha sobre as minorias religiosas, arrolou.

Os pentecostais reunidos em Barquisimeto refletiram sobre diversos temas, entre os quais se destacam os processos de transformação social na América Latina, a paz e o reaquecimento global.

Fonte: ALC

Marcha contra aborto reúne três mil pessoas em Brasília

A Marcha Nacional da Cidadania pela Vida liderada pelo Movimento Brasil Sem Aborto, reuniu cerca de três mil pessoas, neste domingo, 30, em Brasília (DF). Depois de percorrer cinco quilômetros ao som de três trios elétricos, o ponto culminante do evento foi na Esplanada dos Ministérios com um show da cantora Elba Ramalho.

Seguidores de várias religiões, artistas, juristas, jornalistas e simpatizantes da causa vieram de vários e Estados como São Paulo e Goiás. Um dos organizadores da caminhada, Jaime Ferreira Lopes, acredita que o aborto é a "matriz mais forte" de todos os tipos de violência, por isso a necessidade de manifestações coletivas contra a prática.

A marcha se tornou também um ato de protesto contra o governo federal que boicotou a verba de patrocínio do evento depois ter sido liberada e depositada em conta.

Na última sexta-feira, o Ministério da Cultura suspendeu o repasse de R$ 113 mil alegando que houve "omissão de informação na apresentação do projeto", pois não deixou claro que a marcha se tratava de uma manifestação contra o aborto.

A organização do evento se defendeu afirmando que o projeto estava claro ao propor ações culturais em defesa da vida, além de ter sido aprovado sob os aspectos técnicos e jurídicos pelo mesmo Ministério da Cultura.

Na avaliação do Movimento Brasil sem Aborto, a suspensão do patrocínio foi cerceamento da liberdade de expressão e demonstrou parcialidade do governo em relação ao tema. Eles lembraram que em 2008 um filme pró-aborto, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi financiado com verba pública.

Elba Ramalho começou o show cantando a Oração de São Francisco. Apesar de já ter praticado aborto, a cantora se tornou engajada na campanha e diz que hoje não abortaria mais, defendendo a vida em todas as circunstâncias.

Elba teve sua participação questionada no evento por grupos feministas, mas disse que o maior equívoco que a sociedade pode cometer é aprovar o aborto. "Vim colocar minha assinatura nesta luta. Sou católica praticante de comunhão e Missa frequente e se tiverem que me metralhar neste palco morrerei feliz, mas não mudo minha opinião", declarou.

A cantora revelou ainda que o próprio ministro da Cultura, Juca Ferreira, telefonou para ela antes de cancelar a verba do evento, explicando que ele próprio é contra o aborto, mas recebeu orientação para não apoiar a manifestação. "Eu disse a ele que não concordava com essa atitude do governo e que isso era censura à livre manifestação". E concluiu: "Infelizmente, estamos neste fim dos tempos percebendo que seremos cada vez mais perseguidos por nossas posições que defendem os valores. O mundo está cada vez mais dominado por forças estranhas".

O protesto buscou mobilizar a sociedade contra projetos que tramitam no Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) visando a legalização do aborto no país.


Fonte: Canção Nova